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Old Trafford: Benfica trava Manchester United num 2-2 que sabe a triunfo

benfica_luisao_lcAs jóias do Benfica abriram o cofre dos milhões da Liga dos Campeões, em Old Trafford, perante um Manchester United que acentua o mau momento e põe em risco a qualificação para os oitavos-de-final. Feito já alcançado pela equipa de Jorge Jesus, que tem o primeiro lugar à mercê. Gaitan foi decisivo no primeiro golo e Aimar repôs o 2-2, após reação do conjunto inglês. A lesão do central Luisão é a única má notícia, numa noite de gala, com Witsel em destaque.

Pela primeira vez, o Benfica deixa Old Trafford sem o peso de uma derrota, graças a um 2-2 histórico, que permite aos encarnados superar o Manchester United no topo da tabela. Com nove pontos e em vantagem no confronto direto diante da equipa de Alex Ferguson, o conjunto de Jorge Jesus terá apenas de vencer a equipa mais fraca do grupo C, o Otelul, para dispensar resultados de terceiros e assegurar o primeiro lugar.

Gaitan abriu caminho ao triunfo, aos três minutos, numa incursão pela direita do ataque, obrigando Phil Jones a desviar um cruzamento do argentino para a própria baliza. O lance acabou por intranquilizar o conjunto da casa, que demorou a tomar as rédeas da partida. E os primeiros minutos foram dominados pelo Benfica, seguro em Old Trafford.

Jorge Jesus acabou por surpreender, ao apostar num onze sem as habituais preocupações defensivas. Gaitan e Bruno César foram titulares, com Ruben Amorim no banco, o que é raro suceder quando o Benfica defronta equipas em teoria mais fortes. E o Manchester United deixava adivinhar uma equipa diferente.

Do outro lado, sentiram-se algumas ausências, como Rooney, entre outras, o que terá encorajado Jesus, que não quis encolher-se. Apesar da vantagem, o Benfica foi perdendo o controlo do jogo e viu o conjunto inglês empatar aos 30 minutos, depois de um cruzamento de Nani, bem desviado por Berbatov, num fora de jogo de difícil análise.

Nesta altura, o Benfica já era dominado e tinha dificuldade em criar lances de ataque. Daí que o 1-1 ao intervalo fosse um resultado muito positivo, até porque as ameaças do Manchester ficaram-se por ameaças graças a uma defesa de risco, que eliminou dois golos (bem anulados) com recurso à subida da defesa e aos foras de jogo.

A segunda parte trouxe as mesmas dificuldades e um Manchester mais dominador, como se esperava, ainda que Witsel e Aimar – sobretudo estes – permitissem ao Benfica ter bola, para respirar e se organizar. Witsel fez um jogo para recordar e encheu o meio-campo.

Sentia-se, no entanto, a necessidade de vencer do conjunto de Old Trafford. Alex Ferguson queria vencer e transmitiu essa vontade para dentro do relvado, ainda que o guarda-redes Artur travasse as poucas falhas defensivas que deixaram Berbatov na cara do segundo golo.

A travar um cruzamento, Luisão lesionou-se – deve ser bsaixa para a receção ao Sporting – e o Benfica sentiu-se órfão do seu patrão. Minutos depois, Fletcher marca o 2-1. O conjunto português teria de travar um ataque agressivo e procurar a baliza adversária. O que parecia uma missão impossível.

Mas De Gea deu uma ajuda. Um mau alívio do guarda-redes dos ingleses transforma-se em passe para Bruno César. O internacional brasileiro corre para a linha e cruza, com Aimar a aproveitar o corte incompleto de Ferdinand para, na recarga, repor o empate. Estava feito o resultado final.

Este 2-2 apura desde já o Benfica, que conta nove pontos, tantos quantos o Manchester United e mais um do que o Basileia. No entanto, as duas equipas defrontam-se e apenas uma delas, na pior das hipóteses (hipotética derrota do Benfica com o Utelul, na última jornada) poderá ultrapassar o conjunto da Luz.

Caso vença os romenos, a formação encarnada somará 12 pontos e assegurará o primeiro posto no grupo C da Liga dos Campeões sem estar preocupada com o Basileia-Manchester.

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