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OIM regista 683 mortes no Mediterrâneo desde o início do ano

Pelo menos 683 pessoas morreram nas três principais rotas migratórias do mar Mediterrâneo desde o início do ano, um decréscimo de 47 por cento em relação ao mesmo período de 2018, divulgou hoje a Organização Internacional das Migrações (OIM).

Os dados da agência da ONU, relativos a ocorrências verificadas entre janeiro e o passado dia 17 de julho, precisaram que o número mais elevado de vítimas mortais (426) foi registado na rota central, que sai da Argélia, Tunísia e Líbia em direção à Itália e a Malta.

Tem sido nesta rota que várias embarcações de organizações não-governamentais (ONG) têm consigo resgatar nos últimos meses várias centenas de migrantes.

Na rota leste, que ruma à Grécia e ao Chipre, foram contabilizados 53 mortos, enquanto na rota oeste, que vai em direção às costas espanholas, o número de vítimas mortais foi de 204.

No mesmo período em 2018, o número total de mortes no Mediterrâneo foi de 1.449.

A OIM, que também monitoriza as chegadas de migrantes, avançou que 34.226 migrantes e refugiados chegaram à Europa por via marítima nos primeiros 199 dias do ano corrente, o que representou uma quebra de 34 por cento em comparação com as 51.782 chegadas verificadas no período homólogo em 2018.

Espanha (12.064) e Grécia (16.292) são atualmente as principais portas de entrada para a Europa.

As chegadas aos dois países combinadas (28.356) representam quase 83 por cento do total da região mediterrânea.

Quando comparados ao mesmo período do ano passado, os dados da OIM indicam que as chegadas de migrantes à Grécia aumentaram (mais 1.352), enquanto em Espanha diminuíram (menos 6.589).

Em relação a Itália, os dados da OIM apontam para 3.186 chegadas, um número bastante menos expressivo quando comparado com as 17.838 chegadas que foram registadas no período homólogo de 2018.

A OIM monitoriza as mortes nas rotas migratórias em todo mundo desde 2014 através do programa “Projeto Migrantes Desaparecidos”.

Desde então, o programa já registou a morte de pelo menos 32.362 migrantes, no entanto, a organização liderada pelo português António Vitorino admite que, por causa da dificuldade de reunir dados e do contexto em que estas mortes ocorrem, o número real de vítimas mortais possa ser muito maior.

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