A exoneração de cinco comandantes de unidade, na sequência do roubo de material de guerra em Tancos, está a causar desconforto no Exército. Os oficiais estarão a preparar, por email, uma manifestação para a próxima quarta-feira, com término em frente ao Palácio de Belém, avança o Expresso.
Foi no sábado que Rovisco Duarte, chefe do Estado-Maior do Exército, anunciou que ia “exonerar os cinco comandantes das unidades que de alguma forma estão relacionadas” com o assalto aos paióis de Tancos, uma informação entretanto corrigida pelo porta-voz do ramo.
Em vez da prometida exoneração, os cinco comandantes vão ser apenas temporariamente afastados das funções, enquanto decorrem os inquéritos sobre o roubo de material de guerra.
A correção veio tarde: o desconforto grassa no Exército e, assegura o Expresso, os oficiais estão a preparar uma manifestação, supostamente agendada para a próxima quarta-feira.
Depois da concentração, junto ao Monumento dos Mortos (perto da Torre da Belém, em Lisboa), os oficiais devem rumar, em marcha silenciosa, até à residência oficial do comandante supremo das Forças Armadas: o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Ainda segundo o semanário, os oficiais deverão apresentar-se com o uniforme número 1 e “sem condecorações, só com os crachás da especialidade”.
Quando chegarem ao Palácio de Belém e para assinalar de forma veemente a revolta, os militares vão depor as espadas.
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