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“Ofender gordos até emagrecerem”: Youtube é acusado de censura por comediante

Uma sequência humorística com o mote de “ofender gordos até emagrecerem” deu origem à discussão do momento na internet. A comediante Nicole Arbour acusou o YouTube de censura depois do vídeo, intitulado “Queridas pessoas gordas”, ter sido denunciado por vários internautas.

Uma comediante canadiana publicou um vídeo com várias piadas no Youtube. Até aqui, tudo normal, é o habitual para quem vive do humor. O problema é que o vídeo “Queridas pessoas gordas” foi denunciado por tantos utilizadores que o YouTube acabou por suspender a conta de Nicole Arbour, segundo a BBC.

A comediante canadiana não teve papas na língua para criticar a decisão, acusando mesmo a empresa de censura. E, como habitual nestas situações, um pequeno incidente deu origem a uma guerra nas redes sociais.

De um lado estão os apoiantes de Nicole Arbour, que ironiza com a eventual reação dos “gordos” que parodia no vídeo: “O que é que vão fazer? Vão correr atrás de mim?”

São seis minutos de piadas que a própria autora assume como ofensivas, na esperança de que seja uma ferramenta para “os gordos” combaterem a obesidade: “Se ficarem tão ofendidos que emagrecem, por mim tudo bem”.

Segundo Nicole Arbour, “a gordofobia não existe. Os gordos inventaram isso. Será que vão dizer ao médico que está a ser ‘mau’ e ‘gordofóbico’ quando ele lhes disser que têm uma doença cardíaca?”

Do outro lado da barricada estão um vasto número de internautas e algumas pessoas com algum impacto mediático, como Whitney Thore, a estrela de um reality show norte-americano sobre a aceitação da gordura.

“Não se pode saber a saúde de alguém, seja física ou mental, só ao olhar para ela. Quando vês uma pessoa gorda, não sabes se essa pessoa tem algum problema médico. Não sabes se a mãe dela morreu. Não sabes se está deprimida, ou suicida, ou se acaba de perder 50 quilos. Não sabes”, criticou Whitney Thore.

Também a Lindy West atacou o vídeo “cruel” e “preguiçoso”, num artigo de opinião publicado no The Guardian: “A tua vida é fundamentalmente melhor graças a mulheres gordas que vivem sem pedir desculpa a ninguém por isso. Luto por ti mesmo quando és cruel e quando ganhas dinheiro graças à dor das pessoas gordas, enquanto tu te recusas a lutar por mim”.

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