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Oeiras: CDS não desiste da candidatura e vai recorrer para com o novo ‘onze’ de Freitas do Amaral

O CDS foi impedido pelo Tribunal de Oeiras de concorrer à Câmara, uma vez que a lista encabeçada por Paulo Freitas do Amaral continha 11 nomes que desistiram e cujo prazo para substituição foi esgotado. O partido discorda da decisão judicial e anuncia o recurso.

O CDS mergulhou em “dissidências partidárias” em Oeiras e, depois de 11 nomes para a vereação terem desistido, o Tribunal de Oeiras recusou aceitar a lista, encabeçada por Paulo Freitas do Amaral, com os novos 11 candidatos. O órgão deliberou que estava esgotado o prazo para corrigir as irregularidades e não aceitou a nova lista proposta pelo partido, pelo que o CDS vai recorrer.

O secretário-geral António Carlos Monteiro assegura que o partido “fará tudo” para ter uma candidatura ao município de Oeiras, frisando que “a lista é regular”, uma vez que os 11 desistentes foram substituídos, até na sequência da notificação do tribunal para o fazer. O responsável, porém, não comentou as 11 desistências, apenas salientando que o CDS “tratará das dissidências partidárias em tempo próprio”.

Na base das “dissidências” estará a escolha de um antigo socialista para encabeçar a lista à Câmara. Paulo Freitas do Amaral deixou o PS em 2011 e, em junho deste ano, foi apresentado por Paulo Portas, presidente do CDS, como o candidato da concelhia para a Câmara. “É uma candidatura especial e eu acho que está em marcha um movimento surpreendente em Oeiras”, referira.

Paulo Freitas do Amaral, que em 2009 foi eleito (nas listas do PS) presidente da Junta de Freguesia da Cruz Quebrada-Dafundo, chegou a integrar o primeiro Governo de José Sócrates, como assessor do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas. Só que em 2011 abandonou o PS por estar “desagradado com a vida política do país e desacreditado quanto à classe política em Portugal”, tanto mais que não havia “articulação entre as políticas socialistas e as políticas da freguesia”.

Após a renúncia ao PS, apresentou-se como independente na corrida à Câmara de Oeiras, fundando o Movimento Oeiras Vive (MOV) e recebendo o apoio do Partido dos Animais e da Natureza (PAN). Com o convite do CDS, o MOV foi extinto, o que levou Pedro Fidalgo Marques, que integrava a comissão política do movimento, a acusar Paulo Freitas do Amaral de traição: “traiu a nossa confiança ao aceitar o apoio de um partido numa candidatura que era supostamente apartidária e dos cidadãos”.

O presidente da Junta de Cruz Quebrada está ainda a ser investigado por um ajuste direto realizado com uma empresa constituída 48 horas antes da adjudicação. Foi uma das “situações anómalas” reveladas por uma auditoria, encomendada pelo então presidente da Câmara Isaltino Morais, e cujos relatórios foram enviados par ao Ministério Público, o Tribunal de Contas e a Inspeção-Geral das Finanças.

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