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OE2020: Governo acusa Rui Rio de “desconhecimento”

O secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro acusou hoje o presidente do PSD de “desconhecimento” de dois conceitos de finanças públicas, sublinhando que “nota-se” que Rui Rio não teve tempo para estudar a proposta de Orçamento do Estado.

“Falou até com uma linguagem bastante forte, de fraude democrática, coisa que eu estranhei. Até porque, na verdade, o dr. Rui Rio disse ontem [quarta-feira] que não tinha tido tempo para estudar, com a devida profundidade a proposta de Orçamento do Estado, e nota-se”, acusou Tiago Antunes, em declarações à Lusa.

O presidente do PSD, Rui Rio, acusou na quarta-feira o Governo de “fraude democrática” na proposta orçamental para 2020, apontando que só haverá excedente se não for executada a despesa que está inscrita no documento.

O secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro disse que Rui Rio faz “uma confusão, entre dois conceitos distintos de finanças públicas”.

O presidente do PSD, Rui Rio, argumentou, quarta-feira, que estão dois valores distintos inscritos em dois quadros da proposta de orçamento entregue na segunda-feira, entre os quais se “evaporam” 590 milhões de euros.

“Isto que está aqui é obviamente uma fraude democrática, significa que o parlamento vai votar mapas de despesa que depois, de forma arbitrária, provavelmente não vai ser executada. É arbitrária, porque é o ministro das Finanças que vai dizer em que circunstância os 590 milhões de euros não vão ser executados”, afirmou Rui Rio, exigindo garantias de que existe “um orçamento real e não fictício”.

Em declarações à Lusa, Tiago Antunes afirmou: “Eu não vou fazer aqui juízos de intenção e presumir que essa confusão foi intencional para fazer um número político, e, portanto, só posso presumir que é desconhecimento desses mesmos conceitos, o que estranho. Esta discussão reproduz uma discussão exatamente igual à que já houve no ano passado a propósito de um relatório da UTAO [Unidade Técnica de Apoio Orçamental]”.

“Estamos a falar de dois conceitos distintos, que não se podem confundir, porque, por um lado, temos dotações orçamentais, que são autorizações máximas para realizar despesa, autorizações que a Assembleia da República confere ao Governo para realizar despesa, outra coisa são previsões de execução. Estes dois conceitos nunca coincidem neste orçamento, como não coincidiram nunca em nenhum orçamento”, acrescentou.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: GovernohomeRui Rio

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