Despertar nos jovens o interesse pela língua e cultura clássicas é um dos objetivos do espetáculo–concerto “Odisseia”, dirigido por Teresa Sobral, que se estreia no sábado, na sala Estúdio do Teatro da Trindade, em Lisboa.
A partir de excertos da tradução portuguesa de Frederico Lourenço da “Odisseia”, de Homero, Teresa Sobral quis construir um espetáculo à semelhança de um “jogo ‘on-line’, como o que os jovens jogam atualmente”, disse a responsável pela montagem da peça à agência Lusa.
Depois de o atual diretor artístico do Teatro da Trindade, Diogo Infante, lhe ter perguntado se estaria interessada em fazer um espetáculo para miúdos, sobretudo relacionado com textos de leitura obrigatória nas escolas, a atriz e encenadora foi pensar e respondeu-lhe que gostaria muito de trabalhar o poema clássico de Homero, porque é um texto obrigatório nas escolas, mas os alunos acabam por nunca ler o original, sustentou.
“Leem sempre as adaptações em prosa e eu achei que podia ser interessante trazer-lhes o poema clássico, original, enfim, um excerto do poema”, observou. Além do mais, é um texto “muito simples”, ao contrário de muitos textos de Gil Vicente e de Luís de Camões, por exemplo, como frisou Teresa Sobral.
E talvez tal se deva ao facto de ser um texto de tradição oral. “Era para ser contado e não para ser lido”, enfatizou Teresa Sobral.
Depois, surgiu a ideia de convidar o ator José Raposo, um amigo de que “gosta muito”, “que é um ator excecional”, e de “fazer uma banda sonora para acompanhar o poema, que o aproximasse um bocadinho do universo dos jogos que os miúdos jogam ‘on-line'”, explicou.
A ideia foi “transformar um bocadinho o universo dos jogos”, para cativar mais os adolescentes, mas também porque Odisseu, que nós conhecemos como Ulisses, “é, sem dúvida alguma, uma personagem que podia ser o protagonista de um grande jogo, que se podia jogar ‘on-line'”, acrescentou.
“As peripécias, as aventuras e desventuras, as loucuras todas que [Odisseu] comete…” podiam ser do herói de um jogo. Ele “é vaidoso, invencível e faz todo o sentido”, acrescentou Teresa Sobral, sublinhando que a banda sonora acaba por ajudar os jovens a entrar na história.
O espetáculo é construído com base na segunda parte do poema grego, já que é nesta parte que o protagonista conta as suas façanhas, no regresso da guerra de Troia.
É durante um banquete esplendoroso, num palácio da ilha dos Feaces, que Odisseu conta a todos os convivas as suas venturas e desventuras na guerra de Troia, quando o herói está de regresso a Ítaca.
Este é a primeira incursão de Teresa Sobral no universo adolescente, depois de duas experiências direcionadas para a infância: “Bom dia, Benjamim!”, no Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém, e “O menino Cosmos”, na Malaposta.
A banda sonora, com eletrónica, é tocada ao vivo.
Além de José Raposo, que aparece no palco de fato negro e com um colete de borracha com tachas metálicas prateadas, como se de um gladiador se tratasse, no palco estão também Teresa Sobral (nos tambores e bateria), Miguel Sobral Curado (viola e bateria) e Philippe Trovão (computador).
A peça vai estar em cena até 28 de abril, com espetáculos para o público em geral, de 04 a 06 de abril, às 15:00, e dias 07, 14, 21 e 28 de abril, com sessões às 15:00 e às 17:00.
Há sessões para escolas, mediante marcação, de 11 a 27 de abril, às quartas e sextas-feiras, com sessões às 11:00 e às 15:00.
A adaptação do texto é de Teresa Sobral, a música e sonoplastia, de Miguel Sobral Curado, e o desenho de luz, de Pedro Domingos.
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