Os óculos Rift, um dos mais mediáticos aparelhos para a realidade virtual, provocam enjoos a algumas pessoas. O criador, Palmer Luckey, adianta que a culpa não é do dispositivo, mas das “bruscas mudanças de velocidade” de alguns jogos.

Se é daquelas pessoas que enjoa ao viajar deve pensar duas vezes antes de comprar uns óculos Rift.

Um dos mais populares dispositivos de realidade virtual tem um problema: Palmer Luckey, co-fundador da empresa e o criador dos Oculus Rift, explicou que as recentes queixas de enjoos se devem à tecnologia dos videojogos e ao próprio uso do aparelho.

“Movermo-nos a uma velocidade não faz as pessoas enjoarem uma vez que nos movemos realmente e com equilíbrio que está correcto. O problema é a constante aceleração e desaceleração”, salientou o criador dos óculos Rift.

“Na verdade”, acrescentou, “é a duração dessa mudança e não a magnitude que faz as pessoas mudar. Uma aceleração instantânea de zero aos 100 faz muito poucas pessoas enjoar, mas ir acelerando e desacelerando devagar é muito mais desconfortável para muitas pessoas”.

Muitos dos jogos lançados para os dispositivos de realidade virtual ainda não permitem que o organismo ‘compense’ as mudanças mais bruscas de velocidade, pelo que o defeito não pode ser atribuído aos Oculus Rift.

Palmer Luckey adiantou ainda que os casos de enjoo também podem ser provocados por atividades que são praticadas na realidade virtual e não na realidade… real. Como exemplo, citou o caso em que a pessoa gira horizontalmente na realidade virtual, mas o sistema vestibular (os ‘sensores’ do ouvido interno para o equilíbrio) não recebe qualquer indicação de que o corpo está a girar.