Economia

OCDE quer mais cortes salariais e redução da despesa do Estado

bruxelasAs recomendações da OCDE para Portugal, tal como todos os países que prosseguem planos de ajustamento, apontam o caminho do corte salarial e da redução da despesa do Estado. As economias mais fortes da Zona Euro, de acordo com a organização, têm espaço para prosseguir a rota do crescimento.

Portugal, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), deve prosseguir o caminho da contenção salarial e da eliminação da despesa do Estado, para que consiga dar uma resposta ao défice.

Estas recomendações daquela organização também se estendem a países que estão em processo de ajustamento, com despesas públicas e orçamentais elevadas. Repor o equilíbrio orçamental não permite políticas expansionistas, como as que a Alemanha, por exemplo, deverá adotar.

As linhas mestras da consolidação das contas de Portugal foram apresentadas durante a avaliação intercalar às economias dos países que fazem parte do G7. de acordo com o Jornal de Negócios, a OCDE defende que “em países devedores, os défices orçamentais e externos sejam reduzidos ainda mais, através de cortes de gastos públicos e contenção salarial”.

Esses países, entre os quais Portugal, devem “executar os planos de consolidação e cumprir as metas de défice oficiais”, através de medidas “indesejáveis”, mas num cenário em que os mercados financeiros não permitem alternativa.

As diretrizes apontadas pela organização provocam efeitos recessivos e a própria OCDE reconhece-o. No entanto, esse efeito será sentido apenas a curto prazo, sendo que os benefícios a longo prazo só serão conseguidos com um travão na despesa.

Mas a OCDE reconhece que há dificuldades adicionais, nesses países em processo de ajustamento, bloqueios que não estavam nas próprias previsões.

No outro lado estão as economias com maior pujança e perspetivas de crescimento, entre as quais a da Alemanha. Para esses países, a OCDE recomenda “salários mais altos, um consumo privado e investimento mais robustos e taxas mais elevadas de inflação”, cita o Jornal de Negócios.

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