Os indicadores que refletem o comportamento da economia portuguesa melhoraram ligeiramente em julho, segundo os dados divulgados hoje pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE). No conjunto da Zona Euro, no entanto, o cenário é mais pessimista, tendo a instituição previsto um cenário de degradação económica generalizada.
Segundo os dados da OCDE referentes a Portugal, os indicadores económicos subiram em julho para 98,46 por cento, um ligeiro aumento de 0,22 por cento face ao mês de junho (98,24 por cento). Este é o quarto mês consecutivo em que os indicadores melhoraram, depois de, em abril, se ter invertido a tendência de descida que durava há já um ano.
Estes indicadores têm como objetivo prever o comportamento futuro de uma economia, num prazo entre seis a nove meses. Regra geral, um crescimento contínuo destes valores indica que a economia real melhorará nos seis meses seguintes.
No que respeita à Zona Euro, a OCDE aponta para um cenário de degradação económica, tendo os indicadores para o conjunto destes países diminuído em julho 0,09 por cento, face ao mês anterior. A Itália é o país onde a situação de deterioração será mais intensa.
Já para a economia global, a instituição revela que não é provável um crescimento demasiado robusto. A economia norte-americana deverá crescer moderadamente e na maioria dos países emergentes (China, Rússia e Índia), o panorama é de abrandamento económico. O Brasil revela-se a exceção: nos próximos anos o país deverá atravessar por um período de retoma económica.