Nas Notícias

OCDE: Mulheres trabalhadoras e crianças pobres no retrato de Portugal

Dados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), que realizou um estudo intitulado ‘Doing better for families’, indicam que Portugal continua a debater-se com realidades preocupantes no que diz respeito à pobreza infantil. As famílias são pequenas e as mulheres estão cada vez mais presentes no mercado laboral.

Não são informações animadoras, tendo em conta que a pobreza infantil é um dos mais importantes indicadores do desenvolvimento de um país: em cada cem crianças portuguesas, 16 são pobres, o que representa uma média superior ao conjunto dos países que fazem parte da OCDE, onde há 12 crianças pobres em cada cem.

Apesar de este estudo não fazer referência à situação económica do país, certo é que esta pode agravar o dados negativos da pobreza infantil. Os países nórdicos conseguem os melhores registos de pobreza infantil: Dinamarca (3,7 por cento), Noruega (4,2) e Finlândia (5,5).

Estes indicadores, no que diz respeito a Portugal, poderão estar relacionados com a taxa de fertilidade, que é muito baixa. Portugal é o segundo ‘pior’ país, com cerca de um terço de mulheres a ter apenas um filho. No extremo oposto está França, Estados unidos, Polónia e Suécia, onde 30 por cento das famílias integram, no mínimo, três filhos.

Mas nem tudo são más notícias, neste estudo. Portugal consegue o melhor registo no que diz respeito à quebra na mortalidade infantil, desde 1970, em crianças com idades até aos 14 anos. Este indicador analisa mortes acidentais ou intencionais.

Outro dado a destacar no estudo ‘Doing better for families’ é a percentagem de mulheres que integram o mercado laboral. Há 60 por cento de mulheres a trabalhar, o que coincide com a média de 59,6 por cento da OCDE. Um dado sociológico que poderá ter relação com a taxa de fertilidade reduzida.

Em destaque

Subir