Economia

OCDE estima menos crescimento em Portugal

A OCDE está ligeiramente menos otimista do que o Governo quanto ao crescimento económico, esperando que o PIB avance 2,2 por cento, mas antevê que a meta do défice seja alcançável este ano e o próximo.

No relatório com as previsões económicas mundiais divulgado hoje (‘Economic Outlook’), a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) estima que a economia portuguesa cresça “acima de 2 por cento em 2018 e 2019”, considerando que a “recuperação continuará a ser apoiada por reformas anteriores, comércio externo e procura interna favoráveis”.

Segundo o relatório, que é coordenado por Álvaro Santos Pereira, ex-ministro da Economia do anterior governo PSD/CDS-PP e que é economista-chefe interino da OCDE, o PIB português deverá crescer 2,2 por cento este ano e no próximo, ficando abaixo dos 2,3 por cento que o executivo liderado por António Costa estima para cada um dos anos.

A execução de fundos estruturais este ano vai suportar o investimento e o crescimento do consumo vai permanecer sólido, “refletindo um forte crescimento do emprego”, mas a OCDE adverte que “o crescimento lento da produtividade prejudica a sustentabilidade da recuperação”.

Na frente orçamental, com o investimento público a apoiar o crescimento económico, a OCDE afirma que a política orçamental será “suavemente expansionista” este ano, para se tornar “amplamente neutra” em 2019.

Para a organização, a política orçamental para este ano e o próximo “é apropriada, dada a necessidade de manter a sustentabilidade financeira sem dificultar, ao mesmo tempo, a recuperação económica”.

Neste contexto, a projeção de redução do défice nos próximos anos “é apropriada”: a OCDE alinha a sua previsão com a do Governo para este ano e para o próximo, antevendo um défice de 0,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018 e de 0,2 por cento em 2019.

A OCDE insiste ainda na necessidade de reformas que promovam a produtividade, o que, defende, inclui medidas para melhorar a eficiência do sistema de educação vocacional e para apoiar o acumular de competências no sistema de educação geral, que iria beneficiar de mais formação para os professores e de um “melhor apoio aos alunos em risco”.

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