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OCDE desce previsão de crescimento da economia mundial para 2,9% em 2020

A OCDE desceu ligeiramente a previsão de crescimento da economia mundial para 2,9 por cento em 2020, mantendo a anterior previsão para o ritmo da expansão este ano, e alertou que a crise económica está a “entrincheirar-se”.

No relatório com as previsões económicas mundiais divulgado hoje (‘Economic Outlook’), a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) antecipa que a economia mundial cresça 2,9 por cento este ano, a mesma previsão constante nas Perspetivas Económicas Intercalares, divulgadas em setembro, e depois do crescimento de 3,5 por cento registado em 2018.

Para 2020, a entidade desceu em uma décima, para 2,9 por cento, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global.

“A perspetiva global é frágil, com sinais crescentes de que a crise cíclica se está a entrincheirar. O crescimento do PIB continua fraco, com uma desaceleração em quase todas as economias este ano, e o comércio global está estagnado”, indica a OCDE na sua análise hoje divulgada.

“O aumento contínuo das tensões comerciais, desde maio, está a afetar cada vez mais a confiança e o investimento, aumentando ainda mais a incerteza política”, acrescenta a instituição.

A OCDE prevê que a economia norte-americana cresça 2,3 por cento este ano, menos uma décima que o estimado em setembro, e 2 por cento em 2020, a mesma estimativa anterior.

Para a economia chinesa, a entidade espera uma expansão de 6,2 por cento este ano, uma décima acima da anterior previsão, e 5,7 por cento em 2020, o mesmo que em setembro.

A OCDE avisa que o crescimento da economia mundial pode ser ainda mais fraco “se os riscos negativos se materializarem ou interagirem”, incluindo uma nova escalada das tensões comerciais e restrições ao investimento transfronteiriço, a incerteza contínua sobre o Brexit, falhas na política de estímulos para evitar uma desaceleração mais acentuada na China e vulnerabilidades financeiras decorrentes da desaceleração do crescimento económico, elevada dívida das empresas e deterioração da qualidade do crédito.

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