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Obrigações: Jejum de títulos obriga FC Porto a oferecer juro superior ao do Benfica

A SAD do FC Porto vai voltar ao mercado de obrigações. Após quatro anos sem títulos, os dragões procuram um financiamento de 30 milhões e oferecem um juro de 4,25 por cento, ligeiramente superior aos quatro por cento da última emissão de obrigações pela SAD do Benfica.

Destinada a pequenos investidores, a operação lançada pelo FC Porto visa ganhar tempo para responder a compromissos financeiros já assumidos, “permitindo-lhe consolidar o respetivo passivo num prazo mais alargado”, como indica o prospeto aprovado pela CMVM.

Com uma duração de três anos (vence a 9 de junho de 2020), parte dos 30 milhões de dívida emitidos vão servir para reembolsar os investidores da emissão de 2014, de 20 milhões de euros, que termina este ano.

Este refinanciamento vai permitir ao FC Porto evitar um empréstimo bancário, que teria uma taxa de juro superior à que oferece nesta operação.

A oferta pública de subscrição foi hoje iniciada, destinada a “pessoas residentes ou com estabelecimento em Portugal”.

Os interessados podem comprar cupões ao preço unitário de cinco euros, respeitando o limite mínimo de 20 obrigações (100 euros). Caso a procura supere a oferta, será feito um rateio.

A taxa de juro dos cupões é de 4,25 por cento ao ano, superior aos quatro por cento que o Benfica ofereceu na última emissão de obrigações, no passado mês de abril.

Ainda assim, fica abaixo dos cinco por cento e dos 6,75 por centos das obrigações emitidas pelos dragões a maio de 2015 e maio de 2014.

O período de subscrição decorre até às 15h00 de 6 de junho, mas a SAD portista tem até 29 de maio para aumentar o montante emitido. A 31 de maio, termina o período para revogação ou alteração das ordens de subscrição.

Os resultados do processo de subscrição serão feitos pela Euronext a 7 de junho, sendo os títulos liquidados até às 9h00 de 9 de junho.

Até à maturidade, as obrigações rendem pagamento de juros a 9 de junho e 9 de dezembro de cada ano.

As obrigações não estão cobertas pelo fundo de garantia e, estando admitidas à negociação na Bolsa de Lisboa, podendo ser transacionadas com mais ou menos-valias.

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