Jeffrey Fowle, detido na Coreia do Norte por deixar uma Bíblia num hotel, está de novo em liberdade. A KCNA salienta que o ‘supremo líder’ Kim Jong Un aceitou os “repetidos pedidos” do Presidente dos EUA, Barack Obama, para soltar o cidadão norte-americano.

Jeffrey Fowle voltou ontem aos Estados Unidos, depois de cinco meses detido na Coreia do Norte. O cidadão norte-americano bem pode agradecer a intervenção do chefe de Estado.

Segundo a KCNA, a agência de notícias estatal da Coreia do Norte, foi graças aos “repetidos pedidos” formulados por Barack Obama que o ‘supremo líder’ norte-coreano, Kim Jong Un, decidiu ser clemente e libertar o prisioneiro norte-americano.

“O criminoso foi entregue para o lado norte-americano, de acordo com um relevante procedimento legal”, salientou a KCNA.

O ‘crime’ de Fowle, de 56 anos, foi ter deixado uma Bíblia num hotel de Chongjin.

A Coreia do Norte mantém em seu poder mais dois prisioneiros naturais dos EUA. Matthew Miller, que entrou no país “disfarçado de turista”, está condenado a seis anos de trabalhos forçados por “atos hostis” contra o regime. Está preso desde abril.

Mais longa é a sentença de Kenneth Bae, preso em novembro de 2012. Este “ativista cristão” foi condenado a 15 anos de detenção num campo de trabalhos forçados por “conspirar contra o regime”.

Os EUA continuam a pedir a libertação destes dois prisioneiros, tal como apelaram até ontem pela libertação de Fowle.

John Kerry, o secretário de Estado, ‘agradeceu’ a libertação de Fowle com a promessa de uma maior abertura para retomar o diálogo sobre a desnuclearização da Coreia do Norte e, consequentemente, diminuir a presença militar norte-americana na região.

“Dissemos isso desde o primeiro dia. Se a Coreia do Norte quiser se entrosar de novo com a comunidade de nações, ela sabe como fazer isso. Através de conversas preparadas para discutir a desnuclearização”, afirmou Kerry.