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Obama critica administração Trump por envolvimento em casos judiciais

O ex-Presidente dos EUA, Barack Obama, criticou terça-feira à noite os problemas legais em que está envolvido o seu sucessor, após saber que o diretor de campanha de Donald Trump violou um acordo judicial.

“Eu nunca fui indiciado, ninguém na minha administração foi indiciado”, disse na noite de terça-feira, num evento em Houston, no Texas, Barack Obama, horas depois de ter sido conhecida a acusação do procurador especial Robert Mueller de que Paul Manafort, antigo diretor de campanha de Donald Trump, tinha violado um acordo de confissão.

“Aliás, o meu governo foi o único governo da história moderna de quem se pode dizer isso. Ninguém chegou perto de ser indiciado porque as pessoas que se juntaram a nós estavam lá pelas razões certas”, acrescentou Obama.

Paul Manafort, diretor de campanha de Trump e seu conselheiro durante o início do mandato presidencial, terá violado um acordo de confissão, assinado em setembro, após ter reconhecido ter cometido crimes de obstrução à justiça e de infidelidade aos EUA.

De acordo com Robert Mueller, Manafort terá cometido vários crimes federais, por alegadamente ter mentido sobre vários assuntos, durante a investigação que o procurador especial está a conduzir sobre a possibilidade de interferência russa nas eleições de 2016.

Durante um evento em Houston, no Texas, Barack Obama criticou ainda a administração Trump pelas suas políticas interna e externa, dizendo que o aumento do nacionalismo radical nos EUA está a ameaçar a estabilidade internacional e a prejudicar a prosperidade doméstica.

“As pessoas perguntam-me o que me surpreende mais nesta Presidência. É a forma como os Estados Unidos estão a desvalorizar a ordem internacional. Se há um problema no mundo, as pessoas não ligam para Moscovo, nem para Pequim, ligam para Washington. Mesmo os nossos adversários esperam que nós resolvamos os problemas”, disse Obama, sem nunca mencionar o nome de Donald Trump, para explicar a sua incompreensão sobre a maneira como o atual Presidente se demite de responsabilidades políticas fora de fronteiras.

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