O Vaticano chegou a acordo com a Palestina para promover a Igreja Católica num Estado que ainda não é reconhecido oficialmente por muitos. A Santa Sé insiste que este não é o primeiro tratado entre os dois países: “Já está listado como Estado da Palestina no nosso anuário oficial”.
Pela primeira vez, o Vaticano vai assinar um tratado que reconhece formalmente o Estado da Palestina: porém, não é a primeira vez, insiste a Santa Sé.
“Nós reconhecemos o Estado da Palestina desde quando recebeu reconhecimento da Organização das Nações Unidas e já está listado como Estado da Palestina no nosso anuário oficial”, afirmou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.
Recorde-se que o Vaticano, um observador não membro das Nações Unidas, foi dos primeiros países a saudar a resolução de 29 de novembro de 2012, tomada em Assembleia Geral da ONU, que reconhece a Palestina como Estado observador não membro da organização.
Mas não há conhecimento de qualquer acordo institucional entre a Santa Sé e a Palestina, pelo que este é, assegura a imprensa mundial, o primeiro tratado bilateral.
“Melhorar atividades”
No âmbito do protocolo, hoje anunciado pelo Vaticano, a Santa Sé assegura o ‘direito’ de promover a Igreja Católica em territórios controlados pela Autoridade Palestiniana.
Segundo o vice-ministro de Relações Exteriores do Vaticano, monsenhor Antoine Camilleri, o acordo “visa melhorar a vida e as atividades da Igreja Católica e seu reconhecimento na esfera judicial”.
Ainda segundo Antoine Camilleri, que liderou a delegação (de seis pessoas) da Santa Sé nas negociações, o protocolo está a ser ultimado para que as autoridades de ambos os países o possam assinar “no futuro próximo”.