O recorde mundial do desemprego foi batido em Espanha, como titulou o Financial Times alemão. Com uma taxa próxima dos 25 por cento, o desemprego é um retrato “ainda mais triste e dramático do mercado laboral espanhol”.
A taxa de desemprego no país vizinho aproxima-se cada vez mais dos 25 por cento, levando o Financial Times a intitular, em manchete, que “Espanha bate o recorde mundial do desemprego”. Citando as estatísticas disponibilizadas pela Organização Mundial de Trabalho (OMT), a publicação refere que só a Grécia pode ‘competir’ com os espanhóis neste drama.
O pior é que, de acordo com as previsões da OMT, dificilmente a taxa irá encontrar um caminho descendente. Em 2015, o desemprego estará à volta dos 23,4 por cento, com a agravante de, nos escalões etários mais jovens, rondar os 50 por cento. Número que tornam “ainda mais triste e dramático o retrato do mercado laboral espanhol”, como refere o jornal espanhol El Mundo.
Comentando o trabalho da publicação alemã e analisando os dados da OMT, o El Mundo antecipa que os cortes públicos e a falta de crédito na economia estejam a formar “um cocktail explosivo cujas consequências vão muito mais além do que se tinha previsto”.
Minimamente abonatório para Espanha é também o facto do artigo do Financial Times alemão só ter referido os dados de 178 países, admitindo a existência de outros, especialmente em África, onde o desemprego seja mais elevado. Há ainda a ressalva de certos dados, como no caso da Namíbia, serem considerados “pouco fiáveis”.
