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O tabaco, o cancro do pulmão e as doenças orais. Para pensar

Um estudo realizado na Europa, no âmbito do Dia Mundial Sem Tabaco, demonstra que um em cada três fumadores não está preocupado com o cancro do pulmão. Mas o tabagismo não provoca apenas aquele tipo de cancro. Há doenças orais relacionadas com este hábito nefasto. A Ordem dos Médicos Dentistas está preocupada com o impacto do tabaco nas doenças orais.

Em Portugal, morrem cerca de 4000 pessoas, por ano, vítimas de cancro do pulmão, que é a principal doença oncológica na Europa. Só na União Europeia, estima-se que haja 100 milhões de fumadores.

“Entre o início do consumo e o aparecimento das doenças decorre um espaço de tempo de cerca de 10 a 20 anos e, para a maior parte da população, torna-se relativamente pouco importante, porque é um fator que pode vir a acontecer a médio/longo prazo”, esclarece o presidente da Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão), António Araújo, em declarações reproduzidas pela Rádio Renascença.

Todos os anos, há em Portugal 4000 novos doentes com cancro do pulmão, um dos tipos de cancro mais letais.

A boa notícia, que deve ser destacada como positivo neste Dia Mundial Sem Tabaco, é o número de jovens fumadores, cada vez menor. O combate ao tabagismo faz-se também ‘à custa’ da crise. O elevado preço dos cigarros também ajuda a explicar este número decrescente de fumadores.

Além do cancro do pulmão, há outras doenças que podem ser provocadas pelo tabagismo.

A Ordem dos Médicos Dentistas está preocupada com o impacto do tabaco nas doenças orais e lançou um inquérito aos médicos dentistas para aferir a forma como acompanham os doentes fumadores, bem como os hábitos tabágicos dos próprios médicos dentistas.

Os hábitos tabágicos diminuem a resposta do sistema imunitário perante as infeções orais. As consequências do tabaco vão desde a simples halitose, conhecida como mau hálito, até doenças mais graves como o cancro oral, que tem neste hábito o principal fator de risco.

As doenças das gengivas e as dificuldades de cicatrização também são mais comuns entre os fumadores. O tabaco aumenta também os riscos de defeitos congénitos, como o lábio leporino e a fenda palatina nos filhos de mulheres que fumam durante a gravidez.

Nesse sentido, torna-se fundamental que os médicos estejam atentos aos hábitos tabágicos dos doentes, porque a relação entre as doenças e o consumo de tabaco constitui a oportunidade ideal para os profissionais da saúde participarem em iniciativas de controlo do tabagismo e em programas de desabituação.

A terapia de substituição de nicotina está já na Lista de Medicinas Essenciais da Organização Mundial de Saúde, que prevê que em 2030, o tabaco possa vir a ser a maior causa de morte em todo o mundo.

Cerca de seis milhões de pessoas morrem anualmente devido ao consumo de tabaco, quer de forma direta, enquanto fumadores ativos, quer de forma indireta, como fumadores passivos.

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