O ‘Super Bowl’ também se joga na ciência

Um dos cientistas mais mediáticos do mundo, Neil deGrasse Tyson, comentou o ‘Super Bowl’ em direto, mas com uma análise científica. Os comentários, no Twitter, foram uma autêntica final entre a pedagogia e o humor.

Ontem à noite, na final do campeonato de futebol americano (NFL) dos EUA, havia quem torcesse pelos Patriots, quem torcesse pelos Seahawks e, acredite, quem torcesse pela ciência.

O astrofísico Neil deGrasse Tyson, um dos cientistas mais mediáticos do mundo, utilizou o Twitter para ir comentando a final segundo as leis da física.

Por exemplo: sabia que um jogador de 115 quilos a correr a uma velocidade de 24 quilómetros por hora tem mais energia cinética do que uma bala disparada por uma metralhadora AK-47?

O resultado dos comentários variava entre a pedagogia e o humor, como o resultado de um jogo da NFL. Por exemplo, partindo da alcunha de ‘tubarões’ que designa os fãs de uma das equipas da final: “Fico a imaginar se os tubarões sentem pena dos humanos por só termos duas séries de dentes e não ilimitados”.

“Estão a gostar do fogo de artifício por ser colorido? Agradeçam ao alumínio, bária, cálcio, cloro, cobre, ferro, nitrogénio, oxigénio, sódio e estrôncio” presentes na atmosfera, explicou.

“Exemplos de colisões elásticas: duas bolas. Dois capacetes de futebol. Colisões não elásticas: Duas almofadas. Dois ‘marshmallows’”, referiu noutro post.

Ao longo do jogo, Neil deGrasse Tyson foi relatando detalhes que escapavam aos mais fiéis dos adeptos: “Curioso: Os carros desportivos nos anúncios de tv são sempre conduzidos de lado. Os inventores da roda devem ficar a pensar se nos enganamos no princípio”.

Os comentários eram quase de imediato partilhados por vários milhares de internautas, com o de maior sucesso a revelar um prazer secreto: “De vez em quando, imagino o que seria o futebol [americano] se fosse jogado por zombies. Seria mais lento, mas – oh – muito mais violento”.

Sendo um astrofísico, Neil deGrasse Tyson não poderia deixar de fazer pelo menos uma referência ao nosso planeta: “Um passe de 45 metros, no Estádio da Universidade de Phoenix, deflecte cerca de um terço de polegada para a direita devido à rotação da Terra”.