O que quer dizer LGBT e LGBTQIA+? Conheça a história do movimento
O movimento LGBT cresceu de tal forma que agora é LGBTQIA+. Mas o que quer dizer LGBT e LGBTQIA+?
Certamente já ouviu falar nas siglas LGBT, muito comum, e possivelmente na sigla LGBTQIA+. O que significam?
Durante muitos séculos, a sociedade dividia as pessoas em dois géneros: masculino e feminino. Nesta norma binária, os homens sentiam atração afetiva e/ou sexual por mulheres e as mulheres sentiam-na por homens.

Com os desenvolvimentos alcançados já com o século XX a aproximar-se do final, vários movimentos foram surgindo para defender os direitos e a inclusão das minorias de género.
A identidade de género foi-se afirmando como tema e surgiu o movimento LGBT, em resposta à discriminação contra as pessoas com género diverso.
Numa primeira fase, o movimento social pela igualdade e respeito à diversidade de género foi assumido por quatro minorias.
Do LGBT…
Essas minorias eram os grupos de lésbicas (mulheres com atração por mulheres), gays (homens por homens), bissexuais (pelos géneros masculino e feminino) e transexuais (pessoas que não se identificam com o género de nascença).
Essas quatro minorias de orientação sexual e identidade de género deram assim início ao movimento LGBT.

Essa sigla designava assim Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais, em resposta à norma binária (masculino ou feminino) dominante.
À medida que o movimento social foi crescendo, outras minorias se juntaram a ele, como os queer.
Estas pessoas entendem que a identidade de género é um noção social e não uma funcionalidade biológica.
Os queer, pessoas que transitam entre as noções de género, fizeram assim a sigla do movimento aumentar para LGBTQ.
O crescimento do movimento social fez aumentar o debate público e outras minorias foram surgindo.
… ao LGBTQIA+
É o caso dos intersexuais, as pessoas cuja biologia não se enquadra na norma binária. Não são totalmente masculinos, nem totalmente femininos.
Outra minoria é a dos assexuais. Não sentem atração por outros (seja qual for o género).

O I dos interssexuais e o A dos assexuais juntaram-se assim à sigla, que passou a acolher também o sinal +.
O símbolo + serve para abranger qualquer outro grupo minoritário, como os pansexuais.
Neste caso, estão as pessoas que sentem atração por outros, qualquer que seja o género.
O movimento social que se iniciou como LGBT passou, em tempos mais recentes, a LGBTQIA+.
É assim cada vez maior a minoria de pessoas não limitada a masculino ou feminino.
Este movimento social tem como finalidade promover a inclusão de todas as minorias e combater a discriminação.
É de salientar que estas pessoas são muitas vezes alvo de violência pelo único motivo de não corresponderem a uma norma binária.

Como pormenor histórico, é de salientar que o movimento nasceu com a sigla GLS: gays, lésbicas e simpatizantes, ou seja, homens ou mulheres heterossexuais que simpatizavam com a causa homossexual.
No entanto, o S cedo foi retirado, uma vez que os simpatizantes não eram ‘protagonistas’ do movimento.
Já o L passou para antes do G como símbolo da equidade de género, um dos valores defendidos pelo movimento.