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O que há de novo na luta contra o Alzheimer em Portugal?

O dia 21 de setembro assinala o Dia Internacional da Pessoa com Alzheimer, a doença neurodegenerativa mais comum do mundo.

Em Portugal, estima-se que existam 194 mil pessoas com demência, das quais 60 a 80% têm Alzheimer, uma doença que afeta sobretudo os mais idosos.

Algumas estimativas apontam para que 25% das pessoas com mais de 85 anos sofram de demências, das quais 70% terão origem na doença de Alzheimer. Em Portugal, haverá 145 mil doentes com Alzheimer.

Esta semana, uma investigação publicada no Journal of Alzheimer’s Disease Journal of Alzheimer’s Disease, conclui que as pessoas mais velhas que estiveram infetadas com covid-19 têm um risco “substancialmente maior” de desenvolver doença de Alzheimer no espaço de um ano, circunstância observada especialmente entre mulheres com pelo menos 85 anos.

Alzheimer

A investigação, realizada com pacientes com mais de 65 anos, indica que o risco de desenvolver esta doença é entre 50 e 80% maior do que num grupo de controlo.

Num país com uma população cada vez mais envelhecida e propícia a ter a doença que mais incapacidade gera, é fundamental que as residências para seniores estejam preparadas.

Assim, a ORPEA tem vindo a traçar um caminho único de combate à doença e ao seu retardamento, desenvolvendo meios inovadores para enfrentá-la.

Como?

Ou seja, a ORPEA apresenta um novo caminho na luta contra a doença ao abrir a primeira UPAD – Unidade Protegida para Alzheimer e outras Demências em Portugal.

Estas unidades combinam assim tratamentos farmacológicos e cognitivos, exercícios com animais ou videojogos, salas de memorização ou multissensoriais (salas de snoezelen).

O que são as Unidades Protegidas para Alzheimer e outras Demências?

Uma UPAD é uma Unidade Especializada constituída por espaços adaptados e seguros, onde os residentes poderão desfrutar de diversas atividades com pessoas próximas, tranquilamente, o que é essencial para evitar complicações.

Nestas unidades encontramos profissionais com formação específica, que desenvolvem terapias cognitivas, físicas e sociais, entre outras. “Estas terapias ajudam a retardar a evolução da deterioração. E ajudam a que a pessoa mantenha um certo grau de autonomia pelo maior tempo possível”, explica André Rodrigues, médico coordenador da ORPEA em Portugal.

Ao mesmo tempo, as atividades desenvolvidas com estes residentes têm como objetivo fortalecer a componente psicológica, o corpo. E em algumas pessoas a manutenção dos laços sociais, embora as atividades recreativas também sejam importantes.

O Alzheimer afeta sobretudo a memória, a orientação, perceção visual e linguagem das pessoas que com ela padecem, comprometendo a sua autonomia, bem-estar e qualidade de vida.

Portanto, a abordagem a esta patologia requer cuidados específicos e uma equipa profissional multidisciplinar que seja coordenada e capaz de traçar um plano de intervenção integral de acordo com as necessidades variáveis que a pessoa tem em cada fase da doença.

Terapias cognitivas para retardar a doença de Alzheimer

As terapias não farmacológicas, ou seja, qualquer intervenção não química realizada para treino ou reabilitação física, cognitiva, sensorial e emocional, que melhore e mantenha a autonomia da pessoa, melhoram a qualidade de vida das pessoas com Alzheimer. E entre as terapias não medicamentosas mais interessantes estão a reminiscência, a terapia animal, musicoterapia, videojogos e salas multissensoriais ou snoezelen.

Terapia de reminiscência

Trata-se de uma técnica aplicada a pessoas com demência para promover relações sociais e a comunicação, reforçar a autoestima, a identidade e melhorar o humor. Baseia-se na evocação de memórias e acontecimentos do passado, conectando-os ao presente, a fim de fortalecer e consolidar a própria identidade.

Terapias com animais

Passar algum tempo com animais de estimação ajuda a reduzir o stress e a ansiedade, o que melhora o bem-estar e a qualidade de vida. Também combate a sensação de solidão e evita o sedentarismo. Geralmente, estas terapias contam com cães e gatos. Mas, na ORPEA são realizadas sessões de terapia com aves de rapina, com estímulos como a melhoria na concentração e a estimulação sensorial e cognitiva. Também facilita a socialização dos seniores, uma vez que os residentes gostam de as acariciar, segurá-las e ajudá-las a voar.

Videojogos ou a Realidade Virtual

Nas Residências ORPEA, os videojogos da consola Wii são usados ​​para treino físico e cognitivo de forma lúdica. Além disso, é uma excelente terapia funcional e cognitiva, pois favorece a autonomia pessoal.

Já a realidade virtual fornece ambientes tridimensionais, onde se interage com objetos em tempo real , com múltiplos canais sensoriais: visual, auditivo, tátil, olfativo, etc.

Salas Snoezelen

São espaços interativos que recriam um ambiente que proporciona experiências agradáveis ​​que promovem o bem-estar emocional e estimulam as habilidades físicas e cognitivas das pessoas.

Além das terapias não farmacológicas o departamento de investigação I+D da ORPEA continua a investigar novas terapias que ofereçam bem-estar a pessoas com diferentes tipos de demências.

Em Portugal a Residência ORPEA Viseu tem já em pleno funcionamento uma unidade UPAD (Unidade Protegida para Alzheimer e outras Demências).

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