O jajão é um termo com origens em Angola e que significa mentira, aldrabice ou engano.

A palavra é usada em expressões de fingimento ou de ameaça: por exemplo, “o cão estava a ladrar-me, mas dei-lhe jajão e ele fugiu”.

Em Portugal, o termo surgiu repentinamente, tornando-se muito popular nas faixas etárias mais novas e, em especial, nas zonas urbanas com maior prevalência de pessoas com ascendência angolana.

Para este mediatismo contribuiu muito o “jajão” que aparece num número cada vez maior de músicas de kizomba.

Como exemplo, atente-se no tema “Jajão”, de Master Jake e com participação especial de Eddy Flow:

“Era só jajão / quando tu dizias que eu sou teu único amor baby

Era só jajão / quando tu dizias que serias sempre a minha baby

Era só jajão / tu dizias que me morres que me adoras baby

Era só jajão / quando tu dizias para pedir a tua mão”.

Isto significa que o homem se sentiu enganado pela “baby”, com jajão a assumir o significado de mentira.

Quando o jajão (o engano) foi descoberto, a mulher amada desceu “de princesa para rainha do jajão”, conclui a letra.