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“O que aconteceu em Lisboa esteve na base de toda a contaminação”, acusa autarca de Ovar (vídeo)

O presidente da Câmara de Ovar, Salvador Malheiro, acusou o Governo e as autoridades sanitárias de discriminarem a região Norte no combate à pandemia de covid-19.

Numa altura em que Portugal se prepara para novo estado de emergência (o decreto presidencial é amanhã votado pelo Parlamento), o autarca apontou a região de Lisboa e Vale do Tejo como a zona de origem dos contágios que agora afetam todo o país.

“Depois daquela primeira fase em que o Norte se portou muito bem, o que aconteceu em Lisboa, em que não houve a devida importância para o problema, em que houve um desleixo relativamente a essa matéria, esteve na base de toda a contaminação comunitária que existe neste momento no país”, afirmou Salvador Malheiro, em entrevista ao Porto Canal.

Ao contrário do que aconteceu em Ovar na primeira fase da pandemia, com o concelho sujeito a cerco sanitário, “não houve uma atuação no imediato” quando os contágios de covid-19 começaram a subir na região de Lisboa.

“Em Ovar, quando se decretou o cerco sanitário, tínhamos apenas 20 casos. Tínhamos apenas 20 casos e foi implementado um cerco sanitário em estado de calamidade, nem sequer foi necessário decretar estado de emergência, e foi cumprido à risca e deu resultados passado um mês”, reforçou Salvador Malheiro, que é também vice-presidente do PSD.

Para o presidente da Câmara de Ovar, o Governo e as autoridades sanitárias não tiveram medo de impor restrições apertadas na “província”, ao contrário do que aconteceu quando a região de Lisboa e Vale do Tejo passou a ser a mais afetada.

“Em algumas zonas do país, apesar de haver indícios bem piores do que aqueles que aconteceram em Ovar naquela altura, nada foi feito. Se calhar, pensava-se que ia ser um assunto apenas do Norte, apenas da província”, comentou.

“O que é certo é que não se fez aquilo que devia ter sido feito na região de Lisboa”, finalizou Salvador Malheiro.

Veja o vídeo.

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