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O PS “não deve pedir eleições antecipadas de forma alguma”, recomenda Luís Amado

luis amado“Há outras opções de Governo”, reconhece Luís Amado, mas o PS “não deve pedir eleições antecipadas”, garantindo “estabilidade social e política” para o cumprimento do memorando, tanto mais que nem os credores têm interesse “em que País chegue ao colapso”.

Em véspera de protesto nacional, o antigo ministro socialista Luís Amado admitia, em entrevista à TVI24: “não me espantaria que a greve geral tivesse um grande impacto. Não deixo de, com muita perplexidade, encarar a degradação das condições de vida”.

Ora, se a greve demonstra o descontentamento dos portugueses, o maior partido da oposição deveria capitalizar o momento. Contudo, Luís Amado recomenda ao PS que não o faça, pois “este Governo tem que cumprir o mandato, garantindo as condições de estabilidade social e política e o funcionamento regular das instituições”. O PS “não deve pedir eleições antecipadas de forma alguma”, recomenda.

A explicação é simples: “há outras opções de governo, mas não há outro caminho. O outro caminho é o de saída do euro”. Mesmo que seja renegociado o programa de ajustamento, a possibilidade de recorrer a um segundo resgate “é um cenário que não pode ser afastado”, defendeu o antigo ministro, argumentando: “o Governo deve procurar cumprir os compromissos a troika, mas os credores também não têm interesse nenhum em que País chegue ao colapso”.

Para evitar esse colapso, Luís Amado apela a Seguro para negociar com o Governo os cortes da despesa, pois o estado social, mesmo sendo uma das ‘bandeiras’ socialistas, “não pode viver a crédito e tem que se adaptar às condições” económicas.

No final, o antigo ministro reconheceu ter tido divergências com o primeiro-ministro José Sócrates, um “homem bom”, mas ressalva que foram apenas no campo político e que nunca deixaram de se falar.

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