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Revelado interrogatório de Bruno de Carvalho

A RTP, no programa ‘Sexta às 9’, divulgou esta sexta-feira o interrogatório de Bruno de Carvalho ao juiz de instrução do Barreiro. O ex-presidente do Sporting rejeita responsabilidades no ataque a academia e aponta o dedo a jogadores, Jorge Jesus e jornalistas.

Bruno de Carvalho foi ouvido cerca de duas horas e, sublinha, não teve qualquer responsabilidade sobre o ataque à Academia.

“O portão não é fechado porque os senhores jornalistas pediram ao senhor, por amor de Deus, para mão fechar para poderem entrar. Moral da história: quando o senhor queria fechar, já não dava”, afirmou.

De acordo com o interrogatório, divulgado pelo ‘Sexta às 9’ e citado pelo jornal Record, Bruno de Carvalho referiu que houveram “duas medidas de segurança desativadas no início da época” sem a sua autorização.

“As duas portas de vidro em que tínhamos de passar um cartão. A pedido de Jorge Jesus, não retiraram o aparelho mas desconectaram-no. Se reagi? Só me apercebi quando isto aconteceu, pois normalmente era o meu motorista que saía e me abria a porta do carro”, contou.

Sobre os invasores, Bruno de Carvalho condenou especificamente a agressão a Bas Dost, falando numa “destruição da sua vida”.

“Para eles é uma medalha, para mim foi a destruição da minha vida. Partir a cabeça ao goleador do Sporting quando estávamos na véspera de um jogo… Tudo menos o Bas Dost”.

O antigo presidente referiu ainda que William Carvalho e Rui Patrício almoçavam regularmente com elementos da Juventude Leonina e que a claque entrou em Alcochete, antes do dia do ataque, com a permissão de Jorge Jesus.

“O Rui Patrício e o William queriam sair. Tinham almoços e jantares regulares com a Juve Leo. Portanto, não eram santos e uma vez o Jesus quis ir jantar com a Juve Leo. Tirando a festa de Natal ou de aniversário, nunca fui jantar com claque nenhuma. A única vez que entraram na Academia foi o Jesus que deixou. Eu não deixei e disse ao Jesus que ele não mandava nada”, afirmou.

Bruno de Carvalho negou ainda que as conversas que lhe são imputadas estão relacionadas com o ataque a Alcochete.

“Não, teria de ser uma pessoa desequilibrada e os meus 46 anos de vida não deixam dúvidas que sou uma pessoa equilibrada”.

No interrogatório, divulgado pela RTP, o ex-presidente do Sporting conta também que não notou qualquer sinal de agressão em Jorge Jesus.

“Estive no balneário do treinador e digo-lhe que deve ter sido uma vergastada muito levezinha, pois o Jesus não tinha mazela nenhuma. Falou da camisola do Mário Monteiro, não pode ter recebido com tocha no peito, nem um furinho tinha na camisola”, atirou.

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