Desporto

“O meu receio é apaixonar-me por este clube”, revela Jorge Jesus

Jorge Jesus falou sobre os primeiros tempos da experiência na Arábia Saudita, ao serviço do Al Hilal, reconhecendo que a comunicação não tem sido fácil mas que tem sentido muito carinho. “O meu receio é apaixonar-me por este clube”, revelou.

Sensivelmente um mês depois de iniciar os trabalhos no Al Hilal, na Arábia Saudita, Jorge Jesus diz-se encantado com o tratamento dos adeptos, sublinhou que “se quisesse estar em Portugal ainda estava”, mas que é “homem de uma só palavra”.

Em entrevista à SIC Notícias, o técnico português assumiu que tinha saudades de vestir vermelho “uma cor que usou durante seis anos”, antes de comentar os primeiros tempos na Arábia Saudita.

“É a tentativa da descoberta. Descoberta do conhecimento de cada jogador, do próprio clube. Dos hábitos profissionais, religiosos. (…) Mas são muito respeitadores, querem aprender”, assumiu.

Jorge Jesus reconheceu que a “comunicação não é tão rápida” como gostaria, que não “é ‘expert’ no inglês”, e que o mais difícil é quando tem que “expor uma ideia, falar mais do que uma palavra”.

O técnico português assumiu que “há pelo menos dois jogadores sauditas que jogariam em qualquer equipa portuguesa”, e que “se quisesse ainda estava em Portugal”.

“Sousa Cintra fez tudo para eu regressar, mas eu, quando assumo um compromisso, não volto atrás”.

O antigo treinador do Sporting revelou que deixou os dirigentes do clube surpreendidos ao assinar contrato por apenas um ano, quando a oferta era de três temporadas.

Sobre os incidentes de Alcochete, Jesus espera que o sucedido mostre a todas as claques que “aquilo não é amor ao clube”.

“Os jogadores ficaram traumatizados. Eu tenho outra forma de pensar, de estar. (…) Aquelas coisas não são normais. Espero bem que todas as claques em Portugal percebam aquilo e que nunca mais o voltem a fazer. (…) Aquilo não é amor ao clube nem a melhor forma de ajudar as equipas”, atirou.

No final da entrevista, Jorge Jesus reconheceu que se apaixonou pelo trabalho nos seis anos que passou no Benfica e nos três ao serviço do Sporting, pelo que o tanto carinho demonstrado pelos adeptos árabes o “envergonha um bocadinho”.

“O meu receio é apaixonar-me por este clube”, rematou.

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