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O Holocausto nas preces do Papa Francisco: “Senhor, nunca mais, nunca mais!”

papa em israelFrancisco evocou a “tragédia incomensurável” do Holocausto em Israel, onde apelou à paz ente cristãos, judeus e muçulmanos. “Que ninguém instrumentalize a violência em nome de Deus”, apelou o Papa, que orou junto ao ‘muro da separação’, na Cisjordânia.

A visita do Papa Francisco ao Médio Oriente tem sido carregada de sinais, mas no rescaldo das eleições para o Parlamento Europeu, que registaram o crescimento da extrema-direita, nenhum foi tão simbólico como a visita ao memorial do Holocausto, em Yad Vashem (Israel).

“Senhor, nunca mais, nunca mais!”, rezou o sumo pontífice, aludindo ao “abismo” e à “tragédia incomensurável” que culminaram com o genocídio, nos campos de concentração nazis, de mais de seis milhões de judeus.

Este foi um momento “particularmente tocante”, reconheceu Francisco, que fez um curto desvio para prestar homenagem às vítimas israelitas dos atentados em Jerusalém, na companhia de Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel.

O representante máximo da igreja católica apostólica romana orou ainda à paz entre as grandes religiões, depois de ter convidado os Presidentes de Israel e da Palestina a visitarem o Vaticano.

“Respeitemo-nos e amemo-nos uns aos outros como irmãos e irmãs. Aprendamos a compreender a dor do outro. Que ninguém instrumentalize a violência em nome de Deus. Trabalhemos juntos pela justiça e pela paz”, afirmou o Papa, na reunião com o xeque Mohammed Hussein e o grande conselho muçulmano, realizado na mesquita Al-Aqsa.

Num gesto de boa vontade para com os judeus, o sumo pontífice orou junto ao Muro das Lamentações, cumprindo o preceito de deixar uma mensagem entre as pedras.

No mesmo local, Francisco abraçou o rabino Abragam Storka e o professor muçulmano Omar Abboud, que conhece desde o bispado em Bueno Aires (Argentina) e que o acompanham nesta deslocação.

Com esta passagem, o Papa ‘fez as pazes’ com Israel, depois de na véspera ter rezado junto ao ‘muro da separação’, a barreira erguida por israelitas na fronteira com os territórios palestinianos.

Para reforçar essa aproximação aos judeus, o chefe de Estado do Vaticano ‘fugiu’ ao protocolo estabelecido e visitou o túmulo do pai fundador do sionismo, Théodore Herzl, no cemitério nacional do Monte Herzl.

Antes do regresso, o programa da visita contemplava uma missa no Cenáculo de Jerusalém, um templo sagrado para cristãos, judeus e muçulmanos.

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