“O fogo ainda arde” para Gabriele Tarquini
Gabriele Tarquini sente-se ainda capaz de competir aos 57 anos, sendo o mais veterano dos pilotos no WTCR.
O italiano foi o piloto mais velho a sagrar-se Campeão do Mundo, no WTCC em 2009, sucedendo nesse recorde a Juan Manuel Fangio, provando que o seu “amor nunca terminou” por um desporto que foi uma paixão desde o início.
Depois de uma passagem pela Fórmula 1, as corridas de carros de turismo foram a disciplina onde finalmente Tarquini se afirmou, conhecendo uma longevidade que não tem paralelo. Ainda que esse caminho não tenha sido aquele como que sonhava quando se iniciou no karting e era adversário de um certo Ayrton Senna.
Sucedendo o mesmo depois na Fórmula 3 e na Fórmula 3000, antes de chegar ao pináculo do automobilismo. No WTCR Fast Talk da Goodyear, o veterano transalpino, agora ao serviço da Hyundai, confessou que o seu ‘fogo interior’ pela competição ainda ‘arde’.
O companheiro de equipa de Norbert Michelisz admite que o ambiente em que cresceu foi determinante ara a carreira que acabou por ter.
“Quando era bebé o meu pai tinha uma bomba de gasolina, e possuía também uma pequena pista de karting. Quando tinha cinco ou seis anos comecei a brincar com pequenos karts. O fogo começou. Era a minha paixão.
Adorava aquelas pequenas máquinas e o amor nunca parou. Ainda está cá”, confessa Gabriele Tarquini.
A prova de Macau em 2009 onde bateu um outro grande nome do WTCC, Yvan Muller, que era o seu companheiro de equipa na Seat, poderia ter sido a sua última corrida, mas não foi, como explica:
“Falei com a minha família mesmo antes de partir para Macau, pois se conseguisse o título iria parar de correr, porque foi o melhor momento e não tinha lugar para a época seguinte.
Foi o título mundial que já perseguia há muito tempo e não podia pedir mais para a minha carreira”.
“Depois de uma corrida dura com grandes acidentes, estar no hospital e ter ficado com o carro completamente destruído, disse; ok, não tenho lugar para o próximo ano porque foi a última corrida da Seat como equipa oficial, mas eu ainda me sentia competitivo, adorava correr, fiz uma época fantástica e não queria parar. Era a minha vida e na conferência de imprensa não mencionei a ideia de parar”, acrescenta Tarquini justificando porque razão não deixou de competir naquele momento da sua vida.