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O “confronto dos números”, por Sócrates: Grupo Lena ganhou mais com este Governo

Uma carta enviada por José Sócrates a um amigo recupera a defesa pública do ex-primeiro-ministro, que classifica como “falsa” e “absurda” a acusação de ter favorecido o Grupo Lena: “Em termos relativos, o Governo atual adjudicou a este grupo mais empreitadas do que o Governo socialista”.

José Sócrates continua a fazer uma defesa pública, enquanto aguarda em prisão preventiva no estabelecimento prisional de Évora. Numa carta enviada ao amigo António Campos (deputado socialista), de cinco páginas e divulgada pela SIC, o ex-governante recorre ao “confronto dos números” para negar ter beneficiado o Grupo Lena, argumentando que o Governo de Passos Coelho adjudicou “mais empreitadas” do que o executivo liderado por Sócrates.

“A afirmação de que teria havido um favorecimento do Grupo Lena é não apenas falsa, como absurda, incapaz de resistir ao confronto dos números”, começou por referir o ex-primeiro-ministro, continuando: “Em termos relativos, o Governo atual adjudicou a este grupo mais empreitadas de obras públicas do que o Governo socialista (0,36 por cento em 2012, contra 0,25 por cento em 2010, mantendo-se semelhante essa comparação para os anos de 2013 e 2014)”.

Neste “confronto dos números”, o atual executivo PSD/CDS também adjudicou mais por ajuste direto ao Grupo Lena do que o executivo socialista: “Encontramos a mesma relação (10 por da contração do total da construção, entre julho de 2011 e a presente data; 7 por cento entre o fim de 2008 e junho de 2011)”.

Com base nestes argumentos, José Sócrates insistiu estar a ser vítima de “terrorismo de Estado”, uma vez que foi detido e colocado em prisão preventiva “sem factos e sem provas”.

Nesta “campanha de difamação”, com “insinuações” sobre um alegado favorecimento ao Grupo Lena que “são falsas, ultrajantes e absurdas”, o ex-primeiro-ministro sublinhou não ter participado em “nenhum dos alegados concursos que têm vindo referenciados”.

Na mesma carta, Sócrates admitiu ter-se encontrado “meia dúzia de vezes na vida” com Joaquim Barroca, o administrador do Grupo Lena que também se encontra em prisão preventiva, mas negou “que existisse especial proximidade”.

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