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O “ataque atroz aos trabalhadores em nome da equidade” é condenado por Januário Torgal Ferreira

bispo januario torgal ferreiraO reforço da austeridade é um “ataque atroz aos trabalhadores em nome da equidade” que “escandaliza” o bispo das Forças Armadas. Para Januário Torgal Ferreira, “se o primeiro-ministro vai em frente, deixa uma parte do País fortemente desgraçada”.

Januário Torgal Ferreira, bispo das Forças Armadas, juntou a voz ao coro dos protestos que grassam desde que, na sexta-feira, o primeiro-ministro anunciou o reforço dos sacrifícios impostos aos portugueses. “Não é com austeridade que se salva o País”, defendeu o clérigo, avisando: “se o primeiro-ministro vai em frente, deixa uma parte do país fortemente desgraçada”.

Numa altura em que cresce “o desânimo e o protesto”, assistir a este “ataque atroz aos trabalhadores em nome da equidade” e à “falta de justiça social” gera um sentimento de revolta que terá um fim: vem aí a altura de dizer “basta”, tal como fez o PSD na altura do último Governo socialista. É preciso terminar com o “solilóquio” de Passos Coelho, quando tenta justificar as medidas de austeridade, para que o primeiro-ministro possa explicar aos portugueses por que razão disse “basta” ao Programa de Estabilidade e Crescimento 4, proposto por José Sócrates, e “agora assina tudo” o que é proposto pela troika.

“Há corrupção moral, não há valores, não há ética, nem valores”, criticou Januário Torgal Ferreira, lamentando que só sejam tomadas medidas a favor de uma “vontade decisiva de grupos alimentados pela vontade de quem julga que é imperador”.

Resta a esperança numa “última entidade salvadora”, o Presidente da República. Lembrando que Cavaco Silva é “naturalmente calado e silencioso”, o bispo das Forças Armadas acredita que o chefe de Estado saberá o “que dizer e fazer”: só não se pronunciou até agora porque os “silêncios são eficazes”.

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