Publicado no YouTube, o vídeo de uma mulher bonita a ser alvo de assédio em Nova Iorque, por todas as ruas por onde passa, tornou-se viral. O vídeo ‘10 Hours of Walking in NYC as a Woman’ já conta com mais de 14 milhões de visualizações. Ao longo de 10 horas, todo o tipo de piropos. Esta mulher não passa despercebida ao olhar e à língua afiada do olho masculino. Veja o vídeo.

A atriz Shoshana B. Roberts é protagonista de um vídeo onde caminha nas ruas de Nova Iorque, ao longo de 10 horas, período durante o qual ouve todos os tipos de assédio, desde o ‘simpático’ bom dia, até à perseguição silenciosa – as palavras, mesmo que agressivas e despudoradas, por vezes parecem incomodar menos.

Depois, inúmeros homens que se cruzam com esta mulher sentem-se bem a tecer o seu comentário, que de tão repetido se torna incomodativo.

O vídeo tem algo de humor, mas tem, sobretudo, uma questão que serve de alerta: o assédio por que estas vítimas passam, ‘culpadas do crime’ de serem bonitas e atraentes, de vestirem uma roupa justa.

Aliás, estas 10 horas numa rua de Nova Iorque resultam de uma produção para a ‘Hollaback!’, uma organização sem fins lucrativos que combate, precisamente, o assédio sexual.

O vídeo ‘10 Hours of Walking in NYC as a Woman’ – ou ’10 horas de caminhada de uma mulher pelas ruas de Nova Iorque – já conta com mais de 14 milhões de visualizações, número que cresce de forma rápida, já que esta produção viralizou nas redes sociais, desde que foi publicado, na passada terça-feira.

São resumidas algumas das situações de assédio que a atriz Shoshana B. Roberts sofreu, ainda que algumas não sejam percetíveis – como piscares de olhos ou assobios quase inaudíveis.

Isto é o assédio a uma mulher bonita. Mas a ‘Hollaback!’ lembra que há outras vítimas de outro tipo de assédio e insulto: homossexuais, negros, pobres, entre outros.

Para a realização deste vídeo foi colocada uma câmara de filmar numa mochila, sendo que Shoshana B. Roberts apenas tinha de ‘perseguir’ essa câmara, transportada pelo realizador Rob Bliss.

São provas de assédio à luz do dia. As vítimas são tratadas como objeto. Estão vulneráveis. E do assédio a um crime de violação é um passo muito curto.

“Sou assediada quando sorrio e quando não sorrio. Sou assediada por homens brancos, negros e latinos. O vídeo mostra que outras pessoas têm as suas próprias histórias, e nós mostramos como isso é frequente”, realçou Shoshana B. Roberts, em declarações à AFP. Veja as imagens: