A histórica Fiat, fundada em Turim em 1899, disse adeus a Itália, mudando a sede para a Holanda e o domicílio fiscal para o Reino Unido, ao mesmo tempo que está cotada na bolsa de Nova Iorque. A marca fundiu-se com a Chrysler, dando origem à Fiat Chrysler Automobiles. Por questões estratégicas e legais, deixa de ter sede em solo transalpino. O romantismo da história é esmagado pela frieza dos números.
É o adeus da histórica Fiat a Itália, depois de a família Agnelli e de um grupo de investidores ter realizado a derradeira reunião de acionistas em Turim.
Com o nascimento da Fiat Chrysler Automobiles, que resultou da fusão entre as duas marcas, a Fiat deixa de ser uma empresa italiana.
Terá sede na Holanda, domicílio fiscal no Reino Unido e estará cotada em bolsa em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
A Fiat Chrysler Automobiles já é a sétima maior construtora automóvel mundial, graças a esta fusão que foi decidida na última sexta-feira, dia da despedida do território transalpino.
Esta ‘viagem sem retorno’ da Fiat – marca fundada em 1899, em Turim – surge numa altura de estagnação da economia italiana, cenário que se verificou em 10 dos últimos 11 trimestres.
Também a Fiat sofreu com esta crise económica que afeta o sul da Europa. Em Itália, a regulação é mais rígida, no desenvolvimento de motores menos poluentes, e trava processos de expansão para os grandes mercados mundiais.
Por outro lado, a decisão estratégica aprovada ontem torna mais fácil a tarefa da família Agnelli, que controla a empresa. A Fiat Chrysler Automobiles, com sede na Holanda, pretende superar os constrangimentos que impediam o seu crescimento.
“Com a assembleia de hoje [sexta-feira] começa o futuro da nossa empresa”, disse John Elkann, presidente da Fiat, citado pela Euronews.
Trata-se da nova era da ‘Fabbrica Italiana Automobili Torino’ [Fábrica Italiana de Automóveis de Turim] , aliada à Chrysler, à conquista de novos mercados.