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Abortar ou morrer? Grávida com cancro escolhe terceira via e salva bebé

Mãe de dois filhos e grávida do terceiro, Heidi Loughlin, de 33 anos, foi diagnosticada com um tipo raro e agressivo de cancro da mama. Os médicos aconselharam esta agente britânica a abortar, para fazer o tratamento que poderia salvar-lhe a vida. Heidi rejeitou. O bebé nasceu na segunda-feira, com um quilograma, 12 semanas antes do previsto.

Heidi Loughlin, uma agente de polícia de Bristol, em Inglaterra, viu o mundo desabar, em setembro passado, quando lhe foi diagnosticado um cancro da mama.

Mãe de duas crianças (uma delas em idade de amamentação) e grávida de um terceiro filho, Heidi teria de se sujeitar a um tratamento extremamente agressivo, que iria ser fatal para o feto.

Se não fosse tratada com esta quimioterapia, teria poucas hipóteses de sobrevivência. Heidi Loughlin, de 33 anos, foi confrontada com o dilema: abortar ou morrer.

Mas Heidi quis colocar nesta equação uma terceira via, porque não colocava a hipótese de morrer ou de abortar. Estava, então, na 13.ª semana de gravidez.

Esta mãe decide então prosseguir com a gravidez e procurar um tratamento que não colocasse em causa o feto e que a mantivesse viva, para que o bebé pudesse nascer.

Como se suspeitava, o tratamento brando não produziu efeitos e a alternativa foi antecipar o parto. Na passada segunda-feira, nasceu a menina, o terceiro filho de Heidi Loughlin e Keith Smith.

Pesa pouco mais de um quilograma. Nasceu de cesariana, às 12h37. Está bem e respira de forma autónoma, segundo o relato da própria mãe, que usa um blog para contar os detalhes desta história.

“O aborto nunca foi uma opção. Eu já tinha uma ligação forte à minha bebé”, revela.

Mas a luta de Heidi não chegou ao fim. Conseguiu salvar a bebé, evitou o aborto, mas quer evitar a segunda alternativa que lhe foi dada: morrer.

“Eu tenho de estar aqui para os meus filhos”, confessa.

Agora, vai iniciar os tratamentos agressivos que teve de rejeitar no devido tempo. Começará tarde esta quimioterapia – a 23 de dezembro, uma vez que está a recuperar dos efeitos da cesariana –, mas acredita que irá vencer esta luta.

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