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“Nunca recebi dinheiro. Não sou hacker, sou denunciante”, afirma Rui Pinto

Rui Pinto, criador da plataforma Football Leaks, disse hoje que o seu “trabalho como ‘whistleblower’ (denunciante) está terminado” e que nunca recebeu dinheiro pela divulgação de documentos confidenciais do mundo do futebol e alegados esquemas de evasão fiscal.

“O meu trabalho como ‘whistleblower’ está terminado. Nunca recebi dinheiro pelo que fiz. Não sou hacker, sou denunciante. Tornei pública muita informação importante, que de outra forma nunca seria conhecida”, afirmou Rui Pinto, no início da primeira sessão do julgamento, no Tribunal Central Criminal de Lisboa.

Rui Pinto, que não quis comentar factos concretos, manifestou-se “indignado” com o que descobriu e disponível para “continuar a colaborar com as autoridades”, assinalando que estão em curso “inquéritos importantes que foram iniciados” com as suas denúncias.

“Estou aqui numa estranha situação: sou arguido e testemunha protegida. Fui alvo de uma campanha da calúnia e difamação. Estive um ano e meio preso, com sete meses de isolamento total. Foi muito difícil”, observou.

A primeira sessão do julgamento, presidida pela juíza Margarida Alves, que estava agendada para as 09:30, começou às 10:45, rodeada de forte aparato policial – expresso num perímetro de segurança em torno das instalações e com a presença de unidades especiais da Polícia de Segurança Pública (PSP) – e mediático, atraindo dezenas de jornalistas de vários países.

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