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Nunca as touradas tiveram tão pouco público e eventos em Portugal

No ano de 2016, as touradas apresentaram números historicamente baixos, no que diz respeito a corridas e a público (o mais baixo de sempre, segundo um relatório da Inspeção-Geral das Atividades Culturais (IGAC). A Plataforma Basta congratula-se com estes dados e acredita que “a extinção da atividade é iminente”.

Pela primeira vez, o número de touradas em Portugal foi inferior a 200 eventos. Em 2016, o público foi o mais baixo de sempre. E desde 2010 as touradas já perderam mais de 53 por cento de espectadores.

Em vésperas do início de mais uma temporada tauromáquica, a IGAC divulgou as estatísticas oficiais da temporada 2016 onde se verifica que aqueles eventos estão em queda.

Dados da Inspeção-Geral das Atividades Culturais confirmam que as touradas em Portugal continuam em declínio acentuado desde 2010.

Os números mais recentes, que acabam de ser publicados, revelam que se atingiram valores históricos negativos de público e de touradas realizadas na última temporada de 2016, com um decréscimo de 33 mil espectadores, em relação a 2015.

O número de touradas realizadas em 2016 foi pela primeira vez inferior a 200 (191), em reflexo do crescente desinteresse dos portugueses pela tauromaquia e o declínio da atividade.

Os 362 057 espectadores contabilizados pela IGAC no ano passado representam o valor mais baixo de sempre em Portugal desde que são publicadas as estatísticas oficiais (1998).

Analisando as estatísticas oficiais dos últimos anos verificamos que desde 2010 as touradas já perderam mais de 53,1 por cento do seu público.

Significa que a tauromaquia tem um peso cada vez mais insignificante no panorama dos espetáculos ao vivo em Portugal, sendo já superada, em número de espectadores, pelos espetáculos de Folclore que em 2015 (últimos dados do INE) contabilizavam 462 081 espectadores.

A Plataforma Basta congratula-se com a redução significativa do interesse dos portugueses pelas touradas e acredita que “a extinção da atividade é iminente”.

“Os avanços alcançados por Portugal em matéria de proteção aos animais, que nos colocam ao lado de outras sociedades evoluídas, nomeadamente o seu reconhecimento como seres vivos dotados de sensibilidade no Código Civil, tornam ainda mais anacrónicas as práticas tauromáquicas”, realça aquela plataforma.

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