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Número de quartos para profissionais de saúde no Porto ultrapassa os 300

O número de quartos disponíveis no Porto para profissionais de saúde, para evitar o risco de contágio às famílias, já ultrapassa os 300, mais 120 que há quatro dias, informou hoje o município.

A coordenação é feita pela autarquia que, numa base diária, articula a disponibilidade de quartos com os hoteleiros da cidade e envia a lista atualizada às administrações hospitalares e à Ordem dos Médicos.

“Em apenas quatro dias, o número de quartos disponibilizados pelos empresários do setor do turismo subiu mais de uma centena de unidades. De cerca de 180, ultrapassa agora os 300 quartos disponíveis, evidenciando o elevado sentido cívico destes empresários e proprietários neste momento de emergência”, assinala a Câmara do Porto numa nota publicada na sua página oficial.

“Todavia, não têm sido os únicos”, salienta o município.

Também as grandes empresas da cidade, acrescenta, têm feito chegar à presidência da autarquia “disponibilidades financeira e logística para ajudar a combater a doença, numa demonstração de solidariedade sem precedentes”.

Segundo a câmara, cabe a cada profissional de saúde que necessite de alojamento solicitar ao seu hospital o acesso à listagem para que, deste modo, possa contactar os estabelecimentos hoteleiros ou Alojamento locais e aferir a existência de vaga.

Esta iniciativa partiu dos estabelecimentos hoteleiros e de proprietários de Alojamento Local, que se têm mobilizado e disponibilizado as suas unidades a estes profissionais.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 1.020, mais 235 do que na quinta-feira. O número de mortos no país subiu para seis.

Dos casos confirmados, 894 estão a recuperar em casa e 126 estão internados, 26 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

Das pessoas infetadas em Portugal, cinco recuperaram.

Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira, depois de a Assembleia da República ter aprovado na quarta-feira o decreto que lhe foi submetido pelo Presidente da República, com o objetivo de combater a pandemia de Covid-19, após a proposta ter recebido pareceres favoráveis do Conselho de Estado e do Governo.

O estado de emergência proposto pelo Presidente prolonga-se até às 23:59 de 02 de abril.

Hoje, o Governo voltou a reunir-se em Conselho de Ministros para debater as medidas de apoio social e económico para a população afetada pela pandemia de Covid-19, depois de na quinta-feira ter apresentado um primeiro lote de medidas de concretização do estado de emergência.

No Conselho de Ministros de quinta-feira foram aprovadas medidas como o “isolamento obrigatório” para doentes com Covid-19 ou que estejam sob vigilância ativa, sob o risco de “crime de desobediência”, a generalização do teletrabalho” para todos os funcionários públicos que o possam fazer, o fecho das Lojas do Cidadão, bem como dos estabelecimentos com atendimento público, com exceção para, entre outros, as mercearias e supermercados, postos de abastecimento de combustível, farmácias e padarias.

O Governo decidiu criar, também, um “gabinete de crise” para lidar com a pandemia da Covid-19, que integra os ministros de Estado, da Saúde, da Administração Interna, da Defesa Nacional e das Infraestruturas.

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