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Número de mortos na RDCongo devido ao Ébola sobe para 517

O número de mortes por Ébola na República Democrática do Congo (RDCongo) aumentou para 517, segundo os últimos dados revelados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

De acordo com a organização, que considera que a epidemia continua a manter-se com “intensidade moderada”, nos últimos 21 dias (23 janeiro – 12 fevereiro de 2019) foram reportados 97 novos casos distribuídos por 13 zonas. O último balanço apontava para 502 mortos.

Katwa, é uma das zonas mais afetadas, registando 59 novos casos, seguida de Butembo com 12, Beni (7), Kyondo (4), Oicha (4), Vuhovi (3), Biena (2), Kalunguta (2), Komanda (1), Manguredjipa (1), Mabalako (1), Masereka (1), and Mutwanga (1).

Até 12 de fevereiro foram reportados pelas entidades de saúde, 823 casos de Ébola no país, dos quais 762 já foram confirmados e 61 são prováveis.

Segundo os últimos dados, 283 pessoas foram tratadas nos centros de tratamento de Ébola (ETC).

Um novo trabalhador da saúde foi infetado com o vírus, reportaram as entidades de Katwa, o que significa que um total 68 pessoas que trabalham no setor já foram afetadas pela epidemia.

Em 13 de fevereiro, o ministro da Saúde da RDCongo apresentou o terceiro plano estratégico de combate à epidemia (SRP 3), sendo necessários 148 milhões de dólares para o colocar em prática.

O plano define a estratégia de resposta à doença, objetivos e necessidades orçamentais para os próximos seis meses (até julho de 2019).

Esta é a segunda epidemia de Ébola mais virulenta da história, depois de a primeira ter matado mais de 11 mil pessoas na África Ocidental (Guiné, Libéria, Serra Leoa) em 2014.

A epidemia atual apresenta uma complexidade singular, pois atinge uma região afetada pela violência das milícias armadas contra civis, numa situação que dificulta a resposta das organizações de saúde.

De acordo com a OMS, a análise epidemiológica continua a apontar para a transmissão devido a práticas inadequadas de prevenção e controle da infeção, atrasos persistentes na deteção e isolamento de novos casos, mortes frequentes na comunidade e subsequente contacto com o falecido e contágio nas redes familiares e comunitárias, como principais impulsionadores da transmissão contínua da doença.

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