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Número de estudantes no Ensino Superior Politécnico cresce quase 30 por cento

Segundo números divulgados pela Direção Geral de Estatística da Educação e Ciência (DGEEC), o Ensino Superior Politécnico tem motivado uma crescente procura por parte dos alunos e tem aumentado consideravelmente o número de diplomados.

Os últimos dados disponíveis, que reportam até ao primeiro semestre do ano letivo que findou, mostram um crescimento ao nível de estudantes inscritos na ordem dos 28% e um aumento do número de diplomados que ultrapassou os 40%.

De acordo com Maria José Fernandes, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), esta realidade estatística “é reveladora da resiliência e da confiança no ensino superior politécnico, o que se traduziu num aumento crescente da procura por este subsistema nas últimas décadas”.

Para o CCISP, os dados coligidos pela DGEEC permitem concluir que as instituições politécnicas estão numa fase muito relevante de afirmação plena e de elevado crescimento, tanto ao nível nacional como internacional.

Segundo a referida responsável do CCISP, a análise que resulta da estatística “espelha, inequivocamente, a maior atratividade dos Politécnicos”. Além da procura crescente pela formação politécnica, patenteada no Concurso Nacional de Acesso, os números da DGEEC evidenciam ainda um “forte crescimento” no número de estudantes internacionais, bem como a atração de inscritos em Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP).

Os indicadores avançados permitem, na perspetiva de Maria José Fernandes, “constatar a qualidade das formações ministradas e a diversidade da oferta formativa do ensino superior politécnico”. Ou seja, nas palavras da presidente do CCISP, comprova-se que este subsistema responde “cabalmente aos desafios da sociedade e dos novos públicos”, ao mesmo tempo exibe uma “forte capacidade de cooperação com o tecido empresarial”.

“Os diplomados dos últimos anos do ensino politécnico são resultado da exigência imprimida na capacidade de investigação com impacto dos membros do CCISP, que respondem de uma forma assertiva às necessidades dos territórios e das regiões, no âmbito de uma formação que foi vocacionada para a aposta em modelos assentes na geração de conhecimento e de inovação, com uma estreita relação com o sistema científico e tecnológico nacional”, enfatiza Maria José Fernandes.

No seguimento do que tem vindo a defender o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, Maria José Fernandes entende que se “reveste do maior caráter de urgência”, primeiro, a alteração da designação de Politécnicos para Universidades Politécnicas, bem como, depois, a “possibilidade legal e formal dos seus membros outorgarem o grau de doutor” – uma dupla pretensão que, aliás, “viu-se reconhecida pela Assembleia da República Portuguesa em 24 de junho último, com expressa votação eximida por unanimidade à Iniciativa Legislativa” (de cidadãos) a respeito do tema.

A presidente do CCISP acredita, por isso, que os inúmeros sucessos conseguidos até à data, nas condições existentes, ver-se-ão “amplamente reforçados” com a aceitação destas duas propostas estratégicas, para se “prepararem os desafios futuros do subsistema politécnico, quer ao nível nacional quer internacional”.

Sobre o CCISP

O Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos é o órgão de representação conjunta dos estabelecimentos públicos de ensino superior politécnico. Integram-no todos os institutos superiores politécnicos públicos, através do seu presidente, bem como as escolas superiores não integradas, igualmente, através do seu presidente. Têm ainda assento no CCISP as universidades dos Açores, Algarve, Aveiro e Madeira.

O CCISP é um órgão colegial com várias competências. Além da representação conjunta dos seus membros, a sua principal competência é a emissão de pareceres e posições sobre assuntos que digam respeito a matérias relacionadas com o ensino superior. Trata-se, pois, de um órgão de consulta do ministério com a tutela do ensino superior, sendo, igualmente, chamado a tomar posição junto de outras entidades, como a Comissão de Educação e Ciência da Assembleia da República, e a participar em reuniões preparatórias de projetos com parceiros públicos e privados.

A atividade do CCISP não se esgota na emissão de pareceres nem na representação dos seus membros nas várias instâncias, pois acaba por ser um elo de ligação entre as várias instituições que no Conselho têm assento, contribuindo, designadamente, para fixar linhas de ação, tendo em vista a melhoria do ensino superior, a harmonização de processos entre as várias instituições e a incrementação da cooperação entre as mesmas.

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