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Número de desempregados que emigram duplicou entre 2008 e 2012

desemprego2O fenómeno do desemprego está a gerar um crescimento da emigração. De acordo com números do IEFP, nos últimos quatro meses houve 10 mil desempregados que cancelaram inscrições nos centros de emprego, apresentando como justificação o facto de terem decidido emigrar. É uma média diária de 83 desempregados por dia, o dobro do que se verificava em 2008.

São números do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), citados pela TSF, que deixam perceber a realidade do país, em consequência do aumento do desemprego, e um fenómeno sociológico que a perda do trabalho está a gerar.

Nos últimos meses, verificou-se um fluxo migratório, resultante da perda do posto de trabalho, o que levou cerca de 10 mil pessoas a cancelar inscrição no centro de emprego apresentando como razão o facto de terem decidido procurar uma oportunidade no estrangeiro.

Não se trata de um caso novo: nos últimos anos, milhares de desempregados procuraram no estrangeiro a solução para o desemprego. No entanto, assinala-se um aumento assinalável, nos últimos quatro meses, com mais 42 por cento de pessoas nesta situação, numa comparação com o ano passado – altura em que a economia portuguesa apresentava também grandes dificuldades em assegurar postos de trabalho.

Em média, há 83 novos emigrantes, analisando apenas desempregados com inscrição nos centros de emprego (de fora desta estatística estão, naturalmente, as vítimas da crise que emigram, sem que se trate de pessoas desempregadas e inscritas naqueles centros).

Em comparação com o ano passado, em igual período, o número era significativamente mais baixo: pouco mais de 7000 pessoas. A tendência de crescimento de desempregados que emigram assinala-se desde 2008, ano em que ‘somente’ 5000 procuraram o estrangeiro. Em quatro anos, esse número duplicou.

O desemprego subiu para 14,9 por cento em Portugal, no primeiro trimestre do ano, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística, que aponta ainda uma subida de 8,4 por cento na taxa de desemprego jovem. No entanto, 20 por cento da população ativa está sem trabalho, o que corresponde a cerca de um milhão de portugueses.

Já o desemprego na camada dos jovens licenciados subiu para perto dos 37 por cento, um aumento de cerca de 24,6 por cento comparativamente ao último ano, o que tem levado muitos destes a abandonarem o país.

Ainda baseado no mesmo estudo, o INE deu a conhecer a taxa de desemprego de muita longa duração (mais de dois anos), a qual aponta para 228 mil desempregados no primeiro trimestre de 2012, onde se verificou uma descida em relação ao último trimestre de 2011, com 249 mil pessoas nesta situação.

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