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Número de atos antissemitas em França aumentou 70 por cento em 2018

O número de atos antissemitas em França subiu quase 70 por cento nos primeiros nove meses do ano, após dois anos de redução, alertou hoje o primeiro-ministro, Edouard Philippe, num artigo publicado na rede social Facebook.

“Cada agressão contra um dos nossos cidadãos por ser judeu soa como um novo vidro partido”, disse o chefe do Governo, numa referência aos vidros das montras das lojas de judeus destruídos há exatamente 80 anos na ‘Kristallnacht’ ou ‘Noite de Cristal’.

“Porquê recordar, em 2018, uma memória tão dolorosa? Porque estamos muito longe de acabar com o antissemitismo”, escreveu Philippe, evocando os números “implacáveis” dos atos antissemitas em França desde o início de 2018.

Recordando que o número de atos antissemitas “estava em baixa há dois anos”, o primeiro-ministro alertou que este ano a tendência se inverteu e o número de casos aumentou mais de 69 por cento.

Após um ano recorde em 2015, os atos antissemitas tinham recuado 58 por cento em 2016 e outros 7 por cento em 2017, com 311 atos registados, apesar de haver um aumento dos atos violentos contra judeus.

Após o atentado antissemita contra uma sinagoga em Pittsburgh, EUA, no final de outubro, Philippe tinha manifestado a sua determinação em “não deixar passar nada” em matéria de antissemitismo em França.

O Governo prepara para 2019 uma modificação da lei para reforçar a luta contra o ódio na Internet, pressionando as operadoras de telecomunicações.

Os alemães assinalam hoje os 80 anos sobre a ‘Kristallnacht’ ou ‘Noite de Cristal’, quando mais de mil sinagogas na Alemanha foram queimadas ou totalmente destruídas, assim como largas centenas de espaços comerciais de proprietários judeus.

O brilho dos vidros partidos, espalhados no chão, com o reflexo da luz da lua, batizaram a noite de ‘Kristallnacht’.

O motivo para a violência de há 80 anos foi o assassínio de um diplomata alemão, em Paris, Ernst vom Rath, por um jovem judeu, de ascendência polaca, nascido na Alemanha.

Herschel Grynszpan queria vingar a família, expulsa da Alemanha no final de outubro, juntamente com outros 12 mil polacos.

Durante a “Noite de Cristal”, há 80 anos, quase uma centena de judeus foram espancados até à morte nas ruas e mais de 20 mil encaminhados para campos de concentração.

Foi o início da “solução final” levada a cabo pelo regime nazi de Adolfo Hitler.

Lusa

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