“Novos contactos” com os sindicatos, “de imediato”, são a derradeira aposta do Ministério da Saúde para evitar a greve dos médicos a 11 e 12 de julho. A intenção do ministro Paulo Macedo é evitar “consequências de maior para os cidadãos”.
O Ministério da Saúde está a realizar, hoje, “novos contactos com as organizações sindicais no sentido de alcançar, o mais rapidamente possível, um acordo que permita desbloquear as negociações em sede própria”, como referia o comunicado divulgado ontem à noite. A concertação é a última aposta do ministro Paulo Macedo para evitar a greve dos médicos.
Para evitar, “desde já, consequências de maior para os cidadãos por via da paralisação de serviços que se encontra agendada para os próximos dias 11 e 12”, o Ministério agradeceu a “atitude de abertura e de moderação” do conselho nacional executivo da Ordem dos Médicos (OM), que considerou “relevantes as propostas que vão ao encontro das solicitações das organizações sindicais e da própria Ordem dos Médicos”, como justificou a equipa de Paulo Macedo, na mesma nota informativa.
Este convite ao diálogo, por parte do Ministério da Saúde, surge depois da OM ter confirmado a receção duma série de “propostas que pretendem responder a questões que constam do pré-aviso de greve dos sindicatos”. Manifestando o desejo dum “acordo que satisfaça as preocupações dos médicos”, a Ordem apelou ao Governo para dialogar com as estruturas sindicais, passo que está a ser dado, hoje, pela equipa de Paulo Macedo.
Entre os pontos mais contestados pelos clínicos está “o golpe fatal na carreira médica, agravada com a abertura de concurso para trabalho à peça, sob a forma de prestação de serviços, representando 2,5 milhões de horas anuais, equivalentes ao trabalho de 1700 profissionais”.
