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Novo sismo de 1755 faria mais de 5000 mortos em Lisboa

Se ocorrer um sismo com magnitude 8 na escala de Richter em Lisboa, ‘repetindo’ a tragédia de 1755, devem morrer entre 4000 a 5300 pessoas, de acordo com a previsão da Proteção Civil. O abalo provocaria ainda mais de 10 mil feridos graves. O socorro só chegará… ao terceiro dia.

Um debate sobre o Plano de Emergência de Risco Sísmico para Lisboa trouxe a público números assustadores: a ‘repetição’ do sismo de 1755, que teve uma magnitude 8 na escala de Richter, provocaria mais de 5000 mortos.

Para além dos mais de 10 mil feridos graves, o desastre iria provocar o colapso de cerca de 500 edifícios e danos severos em cerca de 7500, deixando entre 80 a 120 mil pessoas desalojadas.

“Teria de ser pedida ajuda internacional”, reconheceu o diretor do Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa, Manuel João Ribeiro, falando aos jornalistas à margem do debate.

“As zonas ribeirinhas seriam mais afetadas, tal como os vales de Alcântara, Almirante Reis e Avenida da Liberdade, devido aos solos menos consolidados”, acrescentou, enquanto “Monsanto aguentaria melhor devido ao maciço basáltico”.

A elaboração do plano levou ao apuramento dos dados ontem revelados, com base em simulações e modelos matemáticos, cabendo agora definir qual o melhor método para minorar os riscos e, caso um novo sismo ocorra em Lisboa, ter tudo a pronto para um socorro que só chegará… ao terceiro dia.

“Há vulnerabilidades devido ao envelhecimento dos edifícios e da população. Nas primeiras 48 a 72 horas, as pessoas estão por sua conta”, alertou Manuel João Ribeiro: “Só depois começa o socorro organizado”.

Ainda assim, o responsável da Proteção Civil adiantou que Portugal está mais bem preparado “do que há 10 anos”, embora ainda haja “muito para fazer”.

Recorde-se que o sismo de 1755 foi recriado e explicado num documentário do Smithsonian Channel.

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