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Novo estudo prova que é possível criar e apagar memórias ajudando no combate ao Alzheimer

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Todos os dias temos acesso a boas e más notícias. Algumas fazem-nos sorrir, outras tiram-nos a vontade de viver. E depois existem aquelas completamente irrelevantes e que pelos mais variados motivos nos passam totalmente ao lado. É precisamente para que a notícia que vos trago esta semana não entre nesta última categoria que a destaco aqui. Um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia (mais concretamente da San Diego School of Medicine) fez uma descoberta que pode revolucionar a luta contra a doença de Alzheimer!

Este grupo de investigadores conseguiu manipular memórias, ou seja criar memórias falsas e posteriormente apagá-las. Parece impossível? Parece, mas não é.

“Mas como conseguiram eles isso? Fizeram experiências em pessoas?” Calma, uma pergunta de cada vez. A investigação ainda agora começou, como tal por enquanto as experiências foram realizadas apenas em pequenos ratinhos. Mas se tudo correr como esperado é provável que mais cedo ou mais tarde cheguemos ao dia em que seres humanos servirão de cobaias para esta descoberta verdadeiramente milagrosa!

O estudo deste grupo de cientistas apenas será publicado no próximo mês, contudo já são conhecidos os resultados preliminares. A descoberta prendeu-se então com a capacidade em criar, apagar e voltar a criar uma memória num pequeno ratinho. “E como fizeram eles isso?”

Isto é feito através da estimulação dos nervos do cérebro em frequências que são conhecidas por enfraquecer e fortalecer as conexões entre as células nervosas, também chamadas de sinapses.

O grupo de cientistas estimulou opticamente um grupo de nervos no cérebros dos referidos ratinhos que tinham sido geneticamente modificados para serem sensíveis à luz sempre que fossem expostos a um choque eléctrico no pé. Ou seja, os ratos rapidamente aprenderam a associar a estimulação do nervo óptico à dor, exibindo assim medo sempre que estes nervos eram estimulados.

Na fase seguinte da experiência a equipa de pesquisa estimulou os mesmos nervos com impulsos ópticos de baixa frequência provocando assim o desaparecimento das memórias anteriormente criadas. Posteriormente os mesmos ratinhos sempre que expostos à estimulação do nervo original não reagiam com medo como seria suposto, dado que a referida memória foi apagada.

Mas como se tudo isto não fosse suficiente os investigadores conseguiram ainda voltar a activar a memória perdida estimulando novamente os mesmos nervos com os impulsos ópticos de alta frequência. Assim os ratos mais uma vez voltaram a demonstrar medo sempre que expostos ao estímulo original.

Este estudo está ainda numa fase inicial mas é possível que dentro de não muito tempo conheça avanços significativos. Pelo menos essa é a expectativa dos investigadores envolvidos e dos doentes de Alzheimer que com esta notícia ganham uma nova esperança.

Agora se por um lado isto é uma óptima notícia por motivos bastante óbvios, por outro esta investigação vem também trazer novos problemas, deveras preocupantes. A partir do momento em que for possível criar e apagar memórias em seres humanos tudo vai mudar dado que vai ser possível manipular tudo e todos. E se hoje em dia já somos manipulados, imaginem quando este dia chegar.

{loadposition inline}Lembra-se daquele medo irracional de palhaços que tem desde sempre? Pois, não se lembra porque essa memória foi apagada. Agora para si os palhaços são apenas divertidos e trapalhões em vez de repugnantes e assustadores. E aquela rapariga que ali vai é tão bonita não é? O quê, está apaixonado por ela? Terá sido amor á primeira-vista ou essa memória foi criada para que se apaixonasse por ela? Parece que nunca saberemos a resposta. Esta lógica pode aplicar-se a todos os aspectos da nossa vida, o que é francamente assustador.

Como podem imaginar as reais consequências desta descoberta podem ser catastróficas. Isto se a tecnologia e a ciência evoluírem neste sentido, o que obviamente ninguém pode prever.

O que relatei acima pode nem sequer acontecer, mas só a mera possibilidade assusta qualquer um. Deixemos a história criar o seu próprio rumo, e nós, se tudo correr bem, cá estaremos para assistir e participar.

Boa semana.

Boas leituras.

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