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Nova coleção primavera/verão de Marques’Almeida “grita” encorajamento e diversidade

A Casa de Serralves, no Porto, abriu hoje portas para a apresentação da coleção primavera/verão da dupla Marques’Almeida que, com ‘looks’ que iam do estilo dos anos 1950 aos movimentos ‘punk’ e ‘grunge’, “gritou” encorajamento e diversidade.

Foi no “coração dos jardins” da Casa de Serralves e ao som de “I’m Not In Love”, de Kelsey Lu, que a dupla portuguesa Marques’Almeida apresentou, no último dia da 45.ª edição do Portugal Fashion, os 35 novos ‘looks’ femininos para a próxima estação quente.

Neste que é um “lugar especial” para os estilistas, desfilaram várias modelos com peças de vestuário “extremamente clássicas” com referências aos anos 1950 e 1960 de Hollywood, e, simultaneamente, aos movimentos ‘punk’, ‘right girl movement’ e ‘grunge’.

“Queremos passar uma mensagem de dar poder e voz às mulheres e raparigas que não necessariamente teriam lugar no panorama da moda normal e usual”, destacou a criadora Marta Marques, adiantando ser “uma feliz coincidência” a apresentação da coleção acontecer no mesmo local onde está patente a exposição “Paula Rego. O grito da imaginação”.

“O nosso grito é de ‘empowerment’ (encorajamento), de um espaço mais inclusivo e diverso da moda”, frisou a ‘designer’, acrescentando que o propósito da marca portuguesa, sediada em Londres, vai além da “noção fantasiosa e glamorizada da moda”.

“Mais do que vender só um produto, [queremos] tentar passar uma mensagem positiva para com esse produto de diversidade e inclusividade que acho que o mundo da moda precisava”, destacou o criador Paulo Almeida.

Questionados pelos jornalistas se esta nova coleção refletia uma preocupação com a sustentabilidade, os ‘designers’ revelaram que a próxima vai ter “mais de 80 a 90 por cento de materiais reciclados ou de fontes sustentáveis” e que a empresa está a fazer uma “análise da pegada de carbono” que produz.

“Se a nossa responsabilidade social se calhar foi aquilo que nos moveu mais inicialmente, a nossa responsabilidade do ponto de vista da sustentabilidade e da ecologia é o que nos move mais neste momento”, concluiu Marta Marques.

O último dia do 45.º Portugal Fashion continua hoje no seu “quartel general”, o edifício da Alfândega do Porto, por onde vão desfilar, a partir das 15:00, coleções de criança, seguidas da apresentação da coleção “Gadidae”, de Alexandra Moura.

Alexandra Moura, primeira ‘designer’ portuguesa a fazer parte do calendário oficial da Semana da Moda de Milão (em fevereiro passado), apresenta, pelas 16:00, a sua coleção “Gadidae”, dedicada aos bacalhoeiros e às mulheres dos pescadores, que ficavam em terra à espera do regresso dos seus homens.

Durante a tarde os desfiles prosseguem com a marca Miam (17:00), Pedro Pedro for Galp (18:00), Concreto (19:00) e Susana Bettencourt (20:00).

O início da noite é dedicado, a partir das 21:30, ao setor do calçado e carteiras, com marcas como a Fly London, Rufel, Eureka ou Nobrand no ‘lineup’.

A noite encerra com as coleções da ‘designer’ Maria Gambina e da dupla de criadores Alves/Gonçalves, na Alfândega do Porto.

Pela 45.ª edição já passaram coleções de várias marcas e ‘designers’ como Miguel Vieira, Hugo Costa, Katty Xiomara, Luís Buchinho, Inês Torcato, Estelita Mendonça, David Catalán, Diogo Miranda, Sophia Kah, entre outros.

O Portugal Fashion é um projeto da responsabilidade da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), desenvolvido em parceria com a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal e financiado pelo Portugal 2020 no âmbito do Compete 2020, com fundos provenientes da União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

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