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Noruega, Dinamarca e Lituânia encerram escolas e universidades

A Noruega e a Lituânia decidiram fechar creches, escolas e universidades durante pelo menos duas semanas, uma medida que o Governo dinamarquês também decidiu adotar sem mencionar o período de encerramento.

Em Oslo, capital da Noruega, foram proibidas reuniões com mais de 50 pessoas e o palácio real norueguês indicou que todos os compromissos oficiais até o início de abril serão cancelados ou adiados.

“Estamos em território desconhecido, aqui”, salientou a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, citada pela agência Bloomberg, em conferência de imprensa de emergência realizada na quarta-feira à noite.

“Nunca experimentámos algo assim antes”, acrescentou.

Os Governos escandinavos estão a impor medidas de emergência para isolar os cidadãos, num esforço para impedir a propagação do novo coronavírus.

Os dinamarqueses foram aconselhados a parar com os apertos de mãos e os abraços quando cumprimentam e todos aqueles que podem trabalhar a partir de casa foram instados a fazê-lo.

Os decretos ocorreram pouco depois de a Organização Mundial de Saúde declarar na quarta-feira o a doença Covid-19 como pandemia e de apelar aos Governos que intensificassem os seus esforços para combater o contágio.

“Todos os empregadores do setor privado são incentivados a garantir que o maior número possível de funcionários possa trabalhar em casa”, sublinhou Frederiksen.

A Lituânia suspendeu concentrações com mais de 100 pessoas e encerrou museus, cinemas e clubes desportivos.

Na capital, Vilnius, o isolamento foi anunciado para durar cinco semanas.

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.600 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.

O número de infetados ultrapassou as 125 mil pessoas, com casos registados em cerca de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.

A China registou nas últimas 24 horas 15 novos casos de infeção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), o número mais baixo desde que iniciou a contagem diária, em janeiro.

Até à meia-noite de quarta-feira (16:00 horas em Lisboa), o número de mortos na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, subiu em 11, para 3.169. No total, o país soma 80.793 infetados.

Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.

A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 12.000 infetados e pelo menos 827 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.

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