Jean-Dominique Senard é, a partir desta semana, o presidente da Renault Nissan, na sequência da saída do grupo de Carlos Ghosn, detido pela segunda vez pelas autoridades japonesas devido a fraude financeira.
Na Assembleia-Geral extraordinária do grupo franco-nipónico, que teve lugar em Tóquio, os cerca de quatro mil acionistas aprovaram também a demissão de Greg Kelly, assessor de Ghosn e membro do concelho de administração, considerado uma das figuras responsáveis pelas irregularidades financeiras e fiscais que levaram à detenção de Ghosn.
Jean-Dominique Senard, presidente da Renault, detentora de 43% da Nissan, vai dirigir o conselho de administração, que tinha dispensado Carlos Ghosn do cargo de presidente após a primeira vez que o franco-libanês foi detido.
Nesta Assembleia-Geral em Tóquio o atual presidente executivo, Hiroto Saikawa pediu desculpa pelos factos, que considerou uma “conduta impensável e sem precedentes para um executivo de topo”. Isto quatro meses depois dos factos que levaram à prisão de Carlos Ghosn.
Saikawa foi criticado por não ter conseguido as ações de Ghosn e Kelly durante vários anos, mas já prometeu que irá colocar a empresa novamente no caminho do crescimento. Isto dias depois de Carlos Ghosn ter sido detido uma segunda vez por desvio de cinco milhões de dólares (4,4 milhões de euros) de uma subsidiária da Nissan para uma concessionária fora do Japão.
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