A garra do espanhol foi preponderante na vitória (4-1) do Benfica frente ao Marítimo, que merecia muito mais do que sair da Luz goleado. Mas Nolito esteve imparável e com dois golos e igual número de assistências permitiu aos encarnados manter viva a chama do título.

O Benfica venceu o Marítimo por números que exprimem uma bela exibição, mas que não testemunham as dificuldades que (durante metade da segunda parte) a equipa de Jorge Jesus sentiu. Um nome se destaca, nesta vitória: Nolito. O espanhol esteve em todos os golos e rubricou a sua melhor exibição desde que veste de encarnado.

O jogo que Jesus considera ser um dos melhores da época poderia ter outros números, porque a primeira parte dos encarnados foi arrasadora, com inúmeras oportunidades criadas e ‘apenas’ dois belos golos. O denominador comum foi Nolito, que com eficácia e arte encerrou duas jogadas de ataque notáveis – um remate colocado e um chapéu com discernimento.

Mas a segunda parte trouxe mais do mesmo: a persistente dificuldade do Benfica em segurar vantagens e manter intactas as suas redes. Artur esteve sempre bem entre os postes, mas não pôde evitar o 2-1, por Sami, que desvia a bola do guarda-redes numa saída dos postes. Um belo golo que irritou o Estádio da Luz e colocou pressão sobre Jesus.

E o técnico do Benfica soube reagir, colocando em campo Javi García, num onze que parecia destinado a sofrer o empate. A aspiração do Marítimo em chegar ao 2-2 caiu por terra poucos minutos depois, já com Rodrigo em campo. O espanhol ampliou para 3-1, graças a um passe de Nolito, que quis deixar a sua marca, de novo, com uma assistência brilhante que permitiu a Bruno César escrever os números finais. O Benfica encostava-se ao FC Porto, provisoriamente, mas os dragões, mais tarde, viriam a recolocar a vantagem em quatro pontos, com triunfo rente ao Beira Mar por 3-0, com Hulk em destaque.