Chennouf Abel e a noiva Caroline Monet vão casar, numa boda triste, mas que representa uma bela história de amor, onde a expressão ‘até que a morte vos separe’ perde sentido. Chennouf é um dos três militares mortos em Toulouse, num dos atentados de Mohammed Merah. Caroline quis levar avante a intenção do casal em contrair matrimónio e fez um pedido ao Presidente francês, para que permitisse o casamento, a título póstumo. Nicolas Sarkozy autorizou.
O militar Chennouf Abel foi uma das vítimas de um atentado que Mohammed Merah confessou ter sido autor, em Toulouse, a 15 de março. Antes dos crimes na escola judaica, Merah havia disparado contra três militares, entre os quais Chennouf Abel. Morreram os três, sendo que um deles deixou a namorada grávida, em vésperas de casamento.
A noiva, Caroline Monet, fez um pedido a Nicolas Sarkozy, para que, de acordo com o Código Civil, autorizasse o casamento a título póstumo. Sarkozy acedeu, respeitando o artigo 171.º, que apenas exige que estejam cumpridos requisitos oficiais que provem consentimento mútuo em contrair matrimónio.
É este o caso. Assim, Caroline Monet poderá cumprir o desejo que partilhava com o noivo: casar com Chennouf Abel. Será, no entanto, um casamento triste, marcado pela dor, ainda com a memória recente do funeral e a dor eterna da perda. No entanto, a morte não separa este casal, que viu abalada a sua história de amor.
O advogado da família, Gilbert Collard, revelou que a resposta de Sarkozy foi dada nos últimos dias. “Caroline acabou de receber autorização para contrair matrimónio com Chennouf Abel”.
