Estudo indica que as mães portuguesas têm um nível de mercúrio no organismo cinco vezes maior do que o que se verifica na média europeia. Foram analisadas mulheres de 17 países da Europa. Em Portugal – país que participou no projeto Democophes, cuja finalidade é analisar a exposição a poluentes –, o consumo de peixe pode justificar este alto nível de mercúrio.

O organismo das mães portuguesas contém níveis de mercúrio cinco vezes superiores à média europeia, de acordo com um estudo que envolveu 17 países do velho continente.

De acordo com uma pesquisa, as mulheres que residem em Portugal estão no segundo lugar da lista de mães dos países avaliados. A razão para este dado pode ter relação com consumo de espécies de peixe.

Não obstante os níveis de mercúrio atingirem valores tão elevados, estas mulheres portuguesas não superam os valores definidos como limites máximos.

Portugal foi um dos países que participaram no projeto Democophes, cuja finalidade é avaliar a exposição a poluentes, bem como ajudar na adoção de políticas que permitam reduzir essa exposição.

“A média das mães portuguesas apresentam mais que cinco vezes a média registada” no estudo para o mercúrio, presença que é explicada com o consumo de algumas espécies de peixe capturado no mar.

“Os níveis detetados nas mães e crianças participantes no estudo, com algumas (muito poucas) exceções, estão abaixo dos limites estabelecidos por organizações internacionais”, salienta em declarações à Lusa Fátima Reis, investigadora do Instituto de Medicina Preventiva e coordenadora do estudo em Portugal.

As autoridades que acompanham a exposição a poluentes são a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação e a Organização Mundial de Saúde.